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Fábricas de chocolate artesanal de Gramado ameaçam deixar o RS em virtude de alto imposto

Gramado, na Serra Gaúcha, pode deixar de ser a Capital Nacional do Chocolate Artesanal. Isso porque os fabricantes do doce estão pleiteando com o Governo de Eduardo Leite (PSDB) a redução de impostos para quem produz chocolate à mão. O pedido para a gestão estadual foi feito nesta terça-feira (25), em Porto Alegre, pela Associação da Indústria e Comércio de Chocolates de Gramado (Achoco), entidade que representa a categoria.

Segundo o presidente da Achoco, Fabiano Contini, os produtores consideram a carga tributária nos atuais 17% pesada demais para os empresários que passaram dois anos sem poder atuar livremente em torno dos lockdowns impostos por governadores e prefeitos no Brasil em virtude da contaminação pela Covid-19. Agora, eles pedem que Leite diminua o percentual do  Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 4%. 

Outro ponto polêmico citado pelos fabricantes do chocolate artesanal é que, antes, o ICMS incidia quando o produto saía da indústria. Mas, agora, recai na comercialização, especificamente, na receita das vendas; fazendo o empresário pagar 5 vezes mais imposto do que o modelo anterior.

- As grandes indústrias conseguem produzir 183 toneladas de chocolate por funcionário. As fábricas em Gramado fazem 1,39 tonelada por profissional. É uma diferença muito grande e somos taxados pelo mesmo imposto. Entendemos que não é justo e buscamos sobrevivência para os nossos negócios - justifica Contini.

Gramado tem, atualmente, 28 empresas de chocolate artesanal que empregam 2,5 mil pessoas e a Achoco acredita que o governo compreenderá o setor porque, em 2019, as cervejarias artesanais do Rio Grande do Sul foram contempladas com a redução de 27% para 13% dos impostos.

Enquanto os empresários não têm solução, quatro chocolaterias famosas de Gramado (Planalto, Prawer, Caracol e Chocolateria Gramado) já foram vendidas para grupos de outras cidades, levando a crer que o setor pode vir a sair da cidade em virtude da alta carga tributária.

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Fonte: GZH

 

 

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