Após décadas de investimentos, ‘safra 22/23’ consolida Brasil como maior produtor mundial de soja
O Brasil produziu mais de 150 milhões de toneladas de soja, na safra 2022/23, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), número que mantém o País na liderança mundial da produção desse grão, seguida dos Estados Unidos e da Argentina.
A notícia foi publicada pelo portal da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), uma das principais responsáveis pelo avanço da cultura do grão no país, com pesquisas realizadas desde o início da década de 70 que permitiram observar onde e como investir em novas tecnologias para o setor.
Como integrante de uma cadeia produtiva bastante robusta e organizada, a Embrapa Soja vem liderando redes de pesquisa para geração de soluções sustentáveis para incrementar a produção da soja, reduzir os custos de produção, aumentar a renda dos produtores e colaborar com práticas que favoreçam a agricultura de baixo carbono.
Levantamento da Embrapa Soja indica que a cultura da soja foi a que mais cresceu no Brasil nas últimas cinco décadas, tanto que de 1973 até 2023, a produção aumentou mais de 1000% sendo que a área em pouco mais de 400%, demonstrando o aumento de produtividade.
Atualmente a soja é cultivada em 20 estados e no Distrito Federal e os principais estados produtores são: Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás. Grande parte da produção brasileira é exportada para a Ásia (com destaque para a China) e Europa, entre outras regiões do planeta.
A expansão da cultura da soja está associada diretamente à adoção do Sistema Plantio Direto (SPD), que é embasado na redução do revolvimento do solo com a preservação de sua cobertura por plantas cultivadas ou seus resíduos vegetais e na rotação de culturas.
“O SPD reduz a erosão e gera economia de corretivos, fertilizantes e operações de preparo de solo, além de permitir maior armazenamento de água no solo beneficiando a cultura em momentos de seca”, explica o pesquisador Alvadi Antonio Balbinot, da Embrapa Soja.
A pesquisa colaborou ainda nas últimas cinco décadas com um conjunto de recomendações para equalizar o uso dos solos brasileiros, especialmente os que têm elevada acidez e baixa fertilidade natural, a partir da aplicação de calcário e fertilizantes com base em critérios técnicos.
“Essas recomendações colaboraram com as ações que permitiram o cultivo da soja no Cerrado brasileiro”, diz o pesquisador Adilson de Oliveira Jr.
Os pesquisadores da Embrapa Soja geraram, ainda, tecnologias que propiciam os manejos integrados de insetos-praga, doenças e plantas daninhas, por meio de diferentes métodos – químicos, mecânicos, biológicos e culturais – para prevenir e controlar esses problemas, viabilizando a produção de soja nas diferentes condições de solo e de clima do Brasil.
A soja é um alimento calórico-proteico, que apresenta entre 36% e 40% de proteína nos grãos, sendo a principal fonte de proteína de qualidade no mundo e disponível em grandes volumes. A leguminosa é a base das rações de animais, garantindo melhorias na qualidade da carne suína, bovina e de aves, assim como no leite, ovos e outros produtos de origem animal. Na alimentação humana, a soja é usada diretamente na culinária (grão, óleo, farinha, farelo, proteína isolada e lecitina) ou ainda como matéria-prima pela indústria alimentícia. A partir do desenvolvimento tecnológico, o grão passou a desempenhar múltiplas funções e usos, podendo ser utilizado também para produção de biocombustível, indústria cosmética, produtos terapêuticos, pneus, além de outros usos não convencionais.
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Fonte: Embrapa Soja