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"O Brasil tem um potencial que nenhum outro país tem de gerar bioenergia, sem perdas na produção de alimentos", diz pesquisadora da UFRJ

Quem tem mais de 40 anos, certamente, lembrará como eram os alimentos no Brasil décadas atrás. As prateleiras dos supermercados eram repletas de produtos importados. Maçãs e peras vinham da Argentina. A carne bovina também e Ciência Agrárias era uma parte do saber universitário totalmente sem investimento à época.

Isso tudo, porém, mudou, quando o agronegócio brasileiro, um setor que começou "do zero" no país e que se desenvolve ininterruptamente desde a década de 70, mostrou-se uma atividade promissora e ganhou mais adeptos. 

Foi nessa época, por exemplo, que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi lançada no Governo de Emílio Médici, em 1972, e conseguiu acelerar as técnicas para aperfeiçoamento do agronegócio, sugerindo providências, indicando fontes e até mesmo propondo legislação e linhas de financiamento para um setor que estava sendo desbravado "do nada". 

Hoje, já maduro, estável e experiente, a agricultura brasileira serve de referência pro mundo e não só porque aqui temos os recursos hídricos necessários e conseguimos colher duas ou três safras ao ano como nenhuma outra nação no planeta; mas é que o agronegócio local investiu tanto em ciência, tecnologia e inovação que, atualmente, é o mercado que pode trazer à luz os meios e soluções para a tão famosa transição energética nacional.

Esta, por sinal, foi a afirmação do doutor do Centro de Agronegócios Global do Insper, Leandro Gilio, que falou sobre o tema no Prêmio Fazenda Sustentável, em São Paulo.

- Basicamente, a gente já desenvolve o mercado de produção biocombustíveis desde a década de 70. Temos um extenso potencial de produção agropecuária e, com todo esse desenvolvimento, a gente traz um nova onda com potencial de crescimento enorme via produção de biomassa - destacou Gilio.

O biogás é gerado a partir da decomposição de matéria orgânica e do metano. Formado por moléculas de hidrogênio e carbono que, ao serem separadas, original o hidrogênio verde. 

A molécula de hidrogênio, por sua vez, quando queima, gera água.

- A gente não se mostra como líder, mas o Brasil tem um potencial que nenhum outro país tem de gerar bioenergia e sem competir com a produção alimentos, sem perdas – pelo contrário - completou a professora de Engenharia Química, Tamar Roitman, da UFRJ.

Segundo a docente, o setor de açúcar e etanol é o que apresenta maior potencial para a geração de biogás no país.

Com o investimento correto na ciência, o Obrasil pode aumentar em 50% a sua produção de energia, aproveitando apenas os resíduos do processamento da cana. O volume é suficiente para suprir 35% da demanda por energia elétrica no país ou substituir em até 70% o consumo nacional de diesel fóssil. 

- Nenhum outro país tem essa possibilidade de fazer esse crescimento e aumento tecnológico tão importante - afirmou a pesquisadora.

 

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