Receita com exportações de carne bovina despenca 21% no 1º semestre de 2023
Dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) apontam que as exportações de carne bovina caíram, gravemente, tanto em receita quanto em volume, no 1º semestre deste ano.
De acordo com a entidade, as exportações registraram US$ 1,090 bilhão para o embarque de 1.076.780 toneladas, queda de 21% nas receitas e de 1% no volume, se comparado ao mesmo período de 2022.
A Abrafrigo acredita que o forte declínio na receita ocorreu porque houve redução abrupta do valor pago por tonelada que, ano passado, estava em US$ 5.740 e, em 2023, foi para US$ 4.585. Além disso, havia muitas fêmeas disponíveis pro abate; o que desvalorizou o produto.
Uma outra razão é que a China, o principal importador da carne bovina brasileira, suspendeu os embarques de alguns frigoríficos nacionais em virtude do diagnóstico de vaca louca no Pará. Mas, se manteve na liderança como o primeiro cliente.
Quando as temperaturas caíram no Centro-Oeste do Brasil, matando milhares de cabeças de gado e o pasto já não era mais um preocupação para o criador, os preços começaram a ficar mais valorizados.
O gigante asiático importou nos primeiros seis meses deste ano 136.902 mil toneladas. A quantidade só não foi maior por causa da detecção da doença em solo paraense.
Agora, se a China reduziu o volume de compra em 4,6%, em receita, o estrago foi maior: 29%.
Já os Estados Unidos, o 2º maior comprador de carne bovina do Brasil, importou 19,7% a mais, totalizando 116.581 toneladas, mas com receita também abaixo do esperado: US$ 485,2 milhões, quando, em 2022, foram US$ 556,1 milhões.
Chile e Hong Kong foram outros países que se destacaram no levantamento. O país liderado por Gabriel Boric foi o 3º que mais adquiriu a proteína brasileira e obteve aumento significativo, tanto em volume (25,1%) quanto em receita (18,9%). Já Hong Kong comprou 14%, entrando pra lista das 74 nações que importam carne bovina brasileira.
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