Com inflação mais alta desde 1977, Reino Unido aceita importar carne brasileira


O governo britânico resolveu flexibilizar as próprias regras de controle e abriu o mercado inglês às carnes brasileiras. Agora, as empresas nacionais estarão habilitadas a participar do pre-listing e, assim, vender proteína ao Reino Unido.
O interessante é que a decisão dos britânicos favorável aos produtos brasileiros é tomada, mesmo diante de dezenas de casos de gripe aviária envolvendo animais domésticos, selvagens e de vida livre. Mas, sobre isso, o Reino Unido destacou que suspenderá as compras somente dos estados onde tiverem ocorrências. Os outros estarão aptos a realizar os embarques.
O problema é que o país enfrenta uma inflação em níveis altíssimos, a maior desde 1977 e esse seria o principal motivo que teria precipitado a medida.
Somente em maio deste ano, as carnes bovinas ou de aves frescas e cozidas aumentaram, em média, 15% em relação ao ano anterior, segundo dados do ONS, que é um órgão similar ao IBGE aqui, do Brasil. Mas, teve períodos em que o reajuste foi de extraordinários 100%.
O temor do governo que o custo de vida dos ingleses dê uma disparada inacreditável levou as autoridades a relaxarem as regras e habilitarem os produtores brasileiros.
Nota conjunta entre o governo britânico e o Ministério da Agricultura comandado por Carlos Fávaro informou que todas as questões relacionadas a regulação sanitária e fitossanitária foram sanadas; o que garante "qualidade e inocuidade dos produtos".
O Reino Unido é um dos principais importadores das carnes brasileiras. Em 2022, foram exportadas pra lá US$ 282,2 milhões em carnes de aves eoutros US$ 134,5 mi em carne bovina.
Desde o Brexit, as exportações agropecuárias brasileiras para o Reino Unido aumentaram 67%, alcançando a marca de US$ 1,8 bilhão em 2022.
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