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Líder do MST diz que "embate agrário" está entre "latifúndio predador", agronegócio e agricultura familiar

O dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, ministrou "aula" sobre a questão agrária no Brasil, no sábado (15), em São Paulo, e disse que a luta por terras no país se concentra entre o "latifúndio predador", agronegócio e agricultura familiar.

- Três modelos de produção que se confrontam: o latifúndio, financiado por bancos e grandes empresas, expande a fronteira agrícola - no Cerrado, na Amazônia, no Pantanal – e se apropria dos bens da natureza de forma privada para botar no mercado. O agronegócio, que repete de certa forma o plantation: grandes unidades, máquinas, semente transgênica. Não produzem alimentos, produzem commodities. Ao invés de ter trabalhador capinando, fazendo policultura, usam veneno. (O terceiro) se baseia no trabalho familiar, na produção de alimentos, policultura, agroecologia - elencou.

Stédile ainda aproveitou a ocasião para criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, escolhido o melhor presidente de Bancos Centrais da América Latina, pela LatinFinance Banks of the Year Awards, em 2022. E defendeu a inclusão da questão agrária como disciplina que integre o Ensino Médio brasileiro.

- Quem domina a economia brasileira? O capital financeiro. Eles até deixam que nós elejamos o Lula, mas não o presidente do Banco Central - declarou.
- A questão agrária é uma área do conhecimento científico que se propõe a estudar o uso, a posse e a propriedade da terra. E como a sociedade organiza a produção dos bens agrícolas - sugeriu. 

Durante entrevista ao portal de notícias Carta Capital, em agosto de 2020, Stédile chegou a afirmar que as grandes propriedades são desnecessárias e que "fazendeiros não precisam disso".

- Não se justifica a grande propriedade. Justifica-se a terra para quem nela trabalha. Por que um fazendeiro tem 500 mil hectares de soja e algodão? Ele não precisa disso - avaliou.

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