desktop_noticias_topo

JBS é acusada de trabalho escravo no Mato Grosso do Sul

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Carnes e Aves de Sidrolândia (Sindaves) ingressou com ação na Justiça do Mato Grosso do Sul e acusa a bilionária JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, de submeter funcionários terceirizados e indígenas à situação análoga à escravidão.

O caso envolve a Seara, marca de carnes de frango e suínos que pertence à JBS, em Sidrolândia, interior do estado e terceirizadas que prestam serviços à ela: Auto Fossa Raposão, Emanuel Apanha de Aves e o Grupo Domingues Movimentadora de Aves.

O vice-presidente do Sindaves, Sérgio Bolzan, afirmou que as empresas estipulam jornadas de trabalho em que os funcionários chegam a ficar 14 horas laborando e que os colaboradores não têm direito a adicionais por insalubridade em atividades de risco, não recebem equipamentos de proteção individual (EPI) e, ainda assim, são submetidos a condições precárias em granjas.

- Cerca de 30% dos aviários não têm vestiário e refeitório. Eles têm que sentar no chão para comer e não há onde esquentar a comida - detalhou Bolzan.

A JBS e as terceirizadas não fornecem refeições, água ou utensílios de cozinha e de higiene pessoal aos trabalhadores, que atuam no "pega" do frango, processo de recolhimento das 200 mil aves, carregamento das caixas de 24 quilos para os caminhões e o transporte para os frigoríficos, diariamente.

A empresa da Família Batista alega que a culpa é dos terceirizados, mas, como o grupo tem sido flagrado no delito com recorrência, o Sindicato argumenta que a direção sabe do que ocorre nas dependências da firma, porém é omissa.

Quando questionada, a JBS também não apresentou os planos de prevenção de riscos ambientais, gerenciamento de riscos e de controle médico de saúde ocupacional e nem as análises ergonômicas do trabalho.

O Sindaves está cobrando R$ 400 mil em favor de 76 trabalhadores das empresas, incluindo os 15 indígenas que foram demitidos logo após terem sido flagrados em condições análogas à escravidão. Eles não receberam indenização pelo tempo de serviço, quando foram desligados.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) disse que já recebeu a denúncia do Sindicato, está conduzindo as investigações e que, em breve, vai determinar se os trabalhadores estavam empregados sem registro em carteira.

Siga as nossas redes sociais:

Siga o Jornal do Agro Online no Telegram e receba diariamente as principais notícias do Agro:

https://t.me/jornaldoagroonline

Curta nossa página no Facebook:

https://www.facebook.com/profile.php?id=100090837996028

Instagram: https://www.instagram.com/jornaldoagroonline/

TikTok: tiktok.com/@jornaldoagroonline

Mostrar comentários