Brasil é o 2º maior produtor e exportador de pimenta-do-reino no mundo


A pimenta-do-reino é uma das especiarias mais valorizadas no planeta e o Brasil faz parte dessa maravilhosa imersão ao mundo da culinária porque o país é o segundo maior produtor e exportador mundial e, juntamente com Vietnã e Indonésia, detém 65% do mercado global.
A pimenta-do-reino é tempero bastante conhecido, originário da Índia, e foi introduzido no Brasil, por volta de 1930, por imigrantes japoneses que se basearam na Região Amazônica, em especial, o Pará, que, por muito tempo, foi o estado com maior produção do Brasil. Perdeu o posto há alguns anos para os agricultores do Espírito Santo, que detém o título nacional.
Em clima tropical, a pimenta preta encontrou as condições ideais para se desenvolver e se tornou ingrediente obrigatório na cozinha dos brasileiros.
De janeiro a outubro de 2020, as exportações brasileiras somaram cerca de US$ 149 mil, alta de 0,14% em relação ao mesmo período de 2019. No Brasil, a produção está concentrada no Pará, que é historicamente o maior produtor e exportador nacional, no Espírito Santo e na Bahia. Porém, nos últimos anos, o Espírito Santo expandiu em área cultivada, ultrapassando os paraenses em produção e exportação. Foi nesse mesmo período que Alagoas, Bahia e Minas demonstraram interesse no cultivo e também investiram na cultura.
O valor pago por quilo, no entanto, continua sendo o pesadelo dos agricultores que chegam a receber somente R$ 7,00 por pacote; sendo que, para que a produção seja considerada sustentável, o valor líquido do produto deveria ser de aproximadamente R$ 10,00 por quilo.
O Vietnã é o maior produtor mundial de pimenta-do-reino. De acordo com dados da FAO (2020), o país respondeu, em 2018, por 36% da produção e por 37% do mercado global do produto. O Brasil ficou com 14% da produção mundial e o segundo maior produtor e exportador da Terra.
Já a Indonésia possui a maior área mundial colhida com pimenta-do-reino (32%), porém devido ao seu baixo rendimento por hectare sua produção foi inferior à obtida
pelo Vietnã e Brasil.
Plantio
A pimenta-do-reino consegue se desenvolver, tanto na Amazônia, que não tem estações definidas, quanto em outras regiões do Brasil. É preico atentar somente para as características do clima e do solo. Em cidades, onde o regime de chuva não é bem distribuído ao longo do ano, é necessário usar um sistema de irrigação, de preferência localizada.

Optar preferencialmente por áreas com topografia plana ou suave ondulada, com lençol freático profundo e solos arenoargilosos para facilitar a infiltração da água e evitar alagamentos.
As plantas de pimenta-do-reino são exigentes em nutrientes, então a correção da acidez e a adubação deve ser feita regularmente.
Como se trata de uma planta trepadeira, é preciso utilizar os tutores para dar suporte e amparar o crescimento, que geralmente são estacas de madeira ou pilares de concreto com cerca de 3 a 3,2 metros de altura, enterrados a uma profundidade de 0,5 m.
Os espaçamentos mais utilizados são 2,5 x 2,0 m (2.000 plantas/ha), 2,5 x 2,5m (1.600 plantas/ha) e 3,0 x 2,0 m (1.600 plantas/ha).
Controle de pragas
A pimenteira é, geralmente, atacada por besouros, pulgões, cochonilhas e ácaros, sendo as principais doenças da cultura provocadas por fungos, como: podridão-das-raízes e podridão-do-pé.

O controle químico para ambas as doenças é pouco eficiente. Por isso, o produtor deve investir em mudas sadias e tratamento fungicida sistêmico.
Também não deve efetuar capinas e necessita mergulhar materiais utilizados na poda em solução fungicida antes de passar para a próxima planta.
Siga as nossas redes sociais:
Siga o Jornal do Agro Online no Telegram e receba diariamente as principais notícias do Agro:
https://t.me/jornaldoagroonline
Curta nossa página no Facebook:
https://www.facebook.com/profile.php?id=100090837996028
Instagram: https://www.instagram.com/jornaldoagroonline/
TikTok: tiktok.com/@jornaldoagroonline