Em seminário da Opep, Prates diz que transição para a descarbonização é permanente e "vai custar a todos"
O ex-senador e, hoje, presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse, durante o 8º Seminário Internacional da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que a transição para a descarbonização do mundo é permanente e custará um preço "a todos".
- Só há uma certeza, hoje, aqui, entre nós, sociedades estatais e Estados nacionais exportadores de petróleo: estamos em tempos de transição inexorável, e ela vai custar, a todos nós, mais no que se refere à descarbonização e re-exploração/revitalização do que para iniciar investimentos em outras fontes. Nossas empresas têm esse duplo desafio. Precisamos continuar a repor reservas e produzir hidrocarbonetos; ao mesmo tempo em que nos transformamos em empresas de energia e investimos em novas fontes. Tudo isso com uma preocupação adicional: não deixar ninguém para trás - nem trabalhadores, nem consumidores - declarou.
O comentário foi feito no momento em que as nações integrantes da Opep discutiam desafios e a transição das empresas em tempos de mudança climática global.
Prates defendeu a manutenção das atividades com menor impacto ao meio ambiente e destacou que é preciso fomentar a transição energética, urgentemente. Ele foi um dos palestrantes do evento realizado no Palácio Imperial de Hofburg em Viena, na Áustria.
- Os perfis distintos atribuirão missões diferenciadas. Recairá a alguns países e companhias a tarefa de persistir na exploração de óleo e gás enquanto outras empresas já tiverem migrado para outras matrizes. Para aqueles profundamente associados às matrizes atuais, não se trata tão somente de mudar os motores, mas fazê-lo de dentro para fora, em um processo de metamorfose - explicou.
- É preciso mais que uma mudança no produto ofertado, é preciso modificar a demanda e hábitos de consumo - finalizou.
A estatal, uma das petrolíferas mais lucrativas do mundo, encerrou o 1º semestre de 2023 com um rombo de R$ 6 bilhões em virtude da mudança na metodologia que calculava o preço de referência do petróleo.
As informações são do Radar Econômico, da Veja.
- Sobrará para a Petrobras pagar um aumento de 6 bilhões de reais por ocasião da mudança da metodologia dos cálculos sobre o preço de referência do petróleo, como desejado pela Fazenda. O conselho da estatal pressiona órgãos do Executivo para impedir a revisão - disse a coluna.
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