Mesmo com preços caindo em 2023, retomada do consumo de fertilizantes pode ser freada

O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo, mas suas importações de NPK (percentual em relação ao consumo total) aumentaram de 32% em 1988 para cerca de 70% em 2015, e para mais de 80% em 2020, com valor que supera 9 bilhões de dólares. Contudo, margens menores podem ser o motivo que vai impedir o consumo maior de fertilizantes no território nacional.

O atual consumo brasileiro de fertilizantes é próximo a 45 milhões de toneladas por ano. Estão à frente do Brasil apenas os Estados Unidos, a Índia e a China que, diferentemente dos produtores nacionais, conseguem produzir a maior parte dos fertilizantes que utiliza, enquanto os agricultores daqui importam 85% do que precisam para "tonificar" a lavoura.

Os principais nutrientes necessários para a agricultura são nitrogênio, fósforo e potássio, cujos teores são expressos em N, P2O5 e K2O.

Segundo levantamento feito pelo Rabobank, uma menor margem à vista pode acabar levando a um menor aumento no consumo de fertilizantes no ano de 2023.

O Rabobank acredita que 2023 pode aumentar em até 10% o consumo de fertilizantes, se comparado com o ano passado. Mas, tudo vai depender de como ficarão os contratos futuros da produção agrícola nos próximos meses. É que, com uma margem apertada, os agricultores tendem a conter o consumo de adubo.

E olha que os preços dos fertilizantes estão em queda.

A Ureia, por exemplo, registrou um recuo de, aproximadamente, 40% desde o início do ano, chegando aos portos brasileiros abaixo dos USD 300/tonelada CFR.

Cloreto de potássio (KCl) é o fator que deve pressionar o preço do fertilizante em virtude da renegociação do contrato chines agora em junho/23, que foi fechado a  USD 307/tonelada e pode dar novos rumos ao contrato indiano, firmado em abril.

O Brasil, que tem tido safras recordes de diversas commodities, pode comemorar porque a safra de soja (2023/24), que começa a ser plantada em setembro/outubro, contará com adubação quase 40% abaixo do ciclo anterior. Além disso, os custos de defensivos e sementes também serão mais baixos. Mas, como nem tudo é perfeito, o problema agora é o valor pago na soja, que pode deixar a desejar.

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