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Ataque a tiros em aldeia Yanomami mata criança e deixa cinco feridos

Uma criança morreu e cinco indígenas ficaram feridos durante um ataque a tiros a uma aldeia Yanomami na região de Parima, em Roraima. 

Um helicóptero foi enviado de Boa Vista, capital do estado, para auxiliar no atendimento às vítimas. 

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI), no entanto, ainda não informou quem foram os responsáveis pelo ataque, mas disse que os suspeitos fugiram do local.

 Servidores da pasta, policiais federais, militares e agentes da Força Nacional de Segurança  se deslocaram para o local.

Assim como em gestões anteriores, o número de assassinatos de indígenas tem crescido desde que Lula assumiu a presidência pela terceira vez.

Segundo reportagem de O Globo, em junho de 2013, nos oito primeiros anos de governo Lula e nos dois primeiros da presidente Dilma Rousseff (PT), 560 índios foram assassinados no Brasil, o equivalente a uma média de 56 por ano. Isso representa um crescimento de 168,3% em relação ao período em que Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) esteve no poder. Os números fizeram parte de levantamento do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Apenas nos primeiros 5 meses da atual gestão petista, foram registrados mais de 129 óbitos de indígenas nas terras Yanomamis, cobiçadas pela grande quantidade de minérios, ouro, pedras preciosas e recursos naturais 

No caso desse último assassinato, o MPI alega que seria, supostamente, reflexo do garimpo ilegal.

Enquanto o governo federal, Organizações Não Governamentais (ONG) e até governos estrangeiros tentam manter a floresta em pé e argumentam defender o direito dos índios de sobreviverem como séculos atrás, as tribos lutam para ter o direito de cultivar a própria propriedade e vender os produtos para adquirir infraestrutura nas aldeias abandonadas.

- É uma fantasia romântica e utópica acreditar que os povos indígenas de hoje vivem como antigamente, apenas da caça, pesca, coleta de frutos silvestres, de remédios do mato e vivendo nus - explica o cacique Rony Pareci, que pertence à etnia dos Parecis no Mato Grosso.

Sem fontes de renda, desamparados e desprotegidos, a maior parte dos quase 900 mil indígenas brasileiros (segundo levantamento do IBGE em 2010) permanece em situação de pobreza ou extrema pobreza. 

As tribos não conseguem regularizar as terras, não têm licenciamento ambiental e ficam impedidas de se desenvolver economicamente.

Para todos os efeitos, a União, segundo o Artigo 231 da Constituição Federal, é a dona das propriedades e ao índio cabe apenas o usufruto, mas com reservas porque a sobrevivência tem que ser como há séculos atrás. 

Assim, não sendo o dono de fato do imóvel, as comunidades indígenas não têm acesso a linhas de crédito, ficam impedidas de comercializar e uma infinidade de empresas e governos internacionais colocam restrições aos produtos agrícolas das tribos sob a justificativa da preocupação ambiental. 

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