Como ficarão os mercados do milho, soja e trigo no segundo semestre?
O ano de 2023, certamente, será um período de desafios para a agricultura mundial.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que, por lá, as plantações de soja e milho, infelizmente, alcançaram os patamares mais baixos desde 1988.
Mas, apesar do tombo americano, e até por conta disso mesmo, analistas acreditam que a tendência é o preço da commoditie disparar na Bolsa de Chicago (CBOT) em virtude de uma menor oferta.
- Como nós vemos as lavouras do país piorando, podemos prever um novo corte de safra já em julho, e se o clima não melhorar, devemos trabalhar com uma safra abaixo de 118 milhões de toneladas e estoques apertados, o que traz força na CBOT, e isso deve perdurar até setembro-outubro, quando o Brasil começa a plantar sua safra - explica Luiz Fernando Gutierrez, analista de soja na Safras & Mercado.
Já com relação ao milho, o que equilibra preços é o tamanho, das ofertas e das safras. Por isso, o produto deve aguardar pela safrinha e a safra norte-americana; além do câmbio, é claro.
- Contudo, 30 dias de estiagem no segundo maior estado produtor dos EUA (Illinois) pode levar a alterações nos dados de produção e causar impactos positivos nos preço internacionais até 2024. Por outro lado, essa perda na produção precisa ser razoável para que os preços se mantenham acima de US$ 6 por bushel na colheita local. Seria mais plausível um preço entre US$ 4,50 e US$ 5 na colheita, mesmo com alguma perda - esclarece Paulo Molinari, consultor da Safras & Mercado.
No que diz respeito ao trigo, os últimos números divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam para uma produção global crescendo mais que o consumo. Isso quer dizer que, pela primeira vez, desde a temporada 2019/2020, os estoques globais podem ficar mais altos. Em torno de 33,9% para 34,1% (relação estoque/consumo).
No entanto, é preciso ficar de olho no clima, que pode mudar esse panorama drasticamente; já que a Rússia, um dos principais produtores, rebaixou sua produção na safra 2023/24 em 86,8 milhões de toneladas. Podendo ser restringido em até 17%, se comparado ao ano passado.
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