Confinamento de gado pode ser aliado, mas também inimigo do produtor

Ninguém discute que o confinamento do gado de corte tem excelentes vantagens para o produtor rural: a proteína alcançada é de excelente qualidade, as carcaças são bem mais aproveitadas e até a idade dos animais é reduzida para o abate. Só tem um problema: a disseminação de doenças também é maior e o controle sanitário tem que ser frequente e rigoroso.

- Diferente do sistema extensivo, onde os animais são criados à pasto, a criação em confinamento demanda mais cuidados com a sanidade do rebanho. É quase inevitável que não aconteça mistura de lotes e animais de origens distintas compartilhando o mesmo espaço, por isso é importante que ocorram vacinações e controle parasitário efetivo  assim que os animais chegam da propriedade, além de uma verificação detalhada da saúde de cada animal, para que os doentes sejam isolados e destinados ao tratamento adequado - conta o médico-veterinário Marcos Malacco.

É que, com um espaço individual menor e a mudança da dieta regularmente, os animais tendem a ficar mais estressados. Além do mais, em confinamento, as doenças respiratórias se disseminam mais rapidamente, principalmente nas regiões mais quentes do Brasil, que são as mais afetadas.

- De todas as doenças que precisam estar no radar quando falamos de confinamento de gado, a DRB (Doença Respiratória Bovina) é uma das mais relevantes, especialmente nesta época do ano, onde temos poucas chuvas na maior parte do país e uma maior amplitude térmica. O excesso de poeira e a formação de gases tóxicos, como a amônia produzida pelo acúmulo de urina, fezes e alimentos fermentados, promovem a irritação das vias aéreas superiores dos bovinos, prejudicando a imunidade local e favorecendo a ocorrência da doença - explica Malacco.

Uma vez diagnosticado com a DRB, o gado facilmente pode adquirir outras infecções, inclusive, bacterianas e desencadear inflamação nos pulmões. A doença diminui o desempenho geral dos animais e, muitas vezes, leva ao óbito.

Entre os sintomas da DRB, que é tratada com antibióticos, estão espirros, cansaço, depressão (olhar triste e cabeça baixa), lacrimejamento, tosse e corrimento nasal.

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Fonte: Souagro

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