Marina diz que agronegócio brasileiro não se transformará em "sustentável da noite pro dia"


A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), disse, nesta terça-feira (27), dia em que o Plano Safra 2023/2024 era lançado pelo Governo Federal, que o Brasil não se tornará em "sustentável da noite para o dia".
A declaração foi dada, quando a gestão petista ressaltava que produtores rurais terão acesso a juros menores, caso estejam enquadrados nas medidas de sustentabilidade impostas pelo atual governo.
- Trata-se de uma transição. Não vai transformar o setor da noite para o dia. Isso é trabalho. É investimento. Temos que dar os primeiros passos - opinou durante o lançamento do programa voltado aos médios e grandes agropecuaristas.
Em seguida, a historiadora disse que o governo tem os instrumentos não só para cobrar o homem do campo a aderir a uma política de baixo carbono como mecanismos para incentivar os processos.
- Essa proposta está absolutamente em sintonia com a ideia de um governo que busca um modelo de desenvolvimento sustentável privilegia o crescimento econômico, a inclusão social e a proteção do meio ambiente - alegou.
De acordo com estudo do Boston Consulting Group, para viabilizar uma agenda positiva de redução de emissões de carbono, deverão ser investidos US$ 100 bilhões de dólares em agricultura sustentável, bioenergia e soluções baseadas na natureza até 2030.
Segundo o BCG, as práticas a serem postas em prática vão de maior uso de plantio direto, sistemas de irrigação eficientes, recuperação de pastagens degradadas e mudança da infraestrutura de transporte de produtos agrícolas. Grande parte dessas medidas, no entanto, já são adotadas pelos agricultores brasileiros, como afirma a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA):
- O Brasil possui 66% do seu território em vegetação nativa preservada ou protegida. Dados da Embrapa Territorial demonstram que proprietários rurais são os que mais preservam, ou seja, 20,5% do país, com áreas de preservação permanente, reserva legal e vegetação excedente de suas respectivas propriedades - explicou.
Além disso, a entidade ressaltou que "nenhum outro país do globo possui o modelo sustentável brasileiro, com leis ambientais rigorosas, como o Código Florestal que impõem ao proprietário rural cotas de preservação ambiental da propriedade por bioma: 80% na Amazônia, 35% no Cerrado e 20% aos demais, e preservação em cursos d’água".
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