A área plantada de algodão da China, o segundo maior produtor do mundo depois da Índia, caiu drasticamente em 2023.
Segundo apontam dados da China Cotton Storage Information, desta quarta-feira (28), o plantio do algodão regrediu 10,3%, alcançando em maio deste ano o equivalente a 2,77 milhões de hectares.
A região de Xinjiang, que é a principal produtora de algodão do país com rendimento quase que o dobro dos demais, caiu 8% para 2,42 milhões de hectares e foi responsável por, aproximadamente, 87% da área total de algodão do país.
As demais áreas plantadas nas regiões centrais tiveram quedas mais acentuadas, chegando a cair 24,5% em relação ao ano passado.
A temporada de cultivo de algodão na China vai de abril a outubro e, para ser bem produtivo, precisa de condições favoráveis para o clima, solo úmido e boa disponibilidade de irrigação.
O problema é que, em abril e maio, as baixas temperaturas em Xinjiang foram motivo de preocupação. O frio excessivo, provavelmente, atrasou o plantio e tornou lento o crescimento da cultura. Em algumas áreas, o clima obrigou os agricultores a replantarem vários hectares; já que o algodão é sensível a baixas temperaturas, afetando o rendimento potencial.
A produção de algodão do gigante asiático para o ano comercial 2023/24 é projetada em 27 milhões de fardos de 480 libras (5,88 milhões de toneladas métricas) segundo estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), do início de junho.
A previsão é 12% menor que a produção do ano anterior e 5% abaixo da média quinquenal de 28,5 milhões de fardos.
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