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PCC e CV impulsionam desmatamento na Amazônia, afirma ONU

Segundo Relatório Mundial sobre Drogas 2023, publicado esta semana pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), é o narcotráfico que tem impulsionado a multiplicação de crimes ambientais nos estados que compõem a Amazônia Legal.

De acordo com o documento, as facções criminosas mais poderosas do Brasil - Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro - se apoderaram da Região Norte do país, à princípio, apenas como rota de fuga e de escoamento dos entorpecentes. Mas, rapidamente, os bandidos descobriram que a exploração e a "taxação" dos recursos naturais também eram atividades muito vantajosas e incluíram no "roll de especialidades".

A situação ficou tão crítica que, esta foi a primeira vez que o relatório teve um capítulo inteiro falando só sobre a Amazônia.

As facções desmatam para plantar, fazem mineração irregular, poluem rios com o mercúrio, realizam grilagem, cobram "impostos" e derrubam milhares de hectares para abrir estradas clandestinas. Tudo sob o,olhar omisso do Estado.

As liberações de presos em "saidinhas" ou mesmo a dinâmica da Justiça leniente têm colaborado com essa prática; visto que detentos de alta periculosidade do sistema penal empreendem fuga, não são mais vistos, mas passam a atuar como "síndicos" protegidos pela imensidão de florestas e rios.

- Claros efeitos indiretos gerados pelas economias das drogas - resume o relatório.

A promotora Ana Maria Magalhães de Carvalho, coordenadora do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Pará, afirma que os suspeitos que agem no Norte pertencem aos mesmos grupos de São Paulo e Rio.

- É tão organizado quanto - definiu.

Do outro lado das disputas por territórios entre os bandidos, tal qual ocorre nos grandes centros urbanos, estão os índios e as minorias: desarmados, doentes, deslocados e sofrendo os impactos pela falta de infraestrutura nas terras indígenas e quilombolas.

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