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Alysson Paolinelli: Morre o pai da agricultura brasileira

O ex-ministro da Agricultura e presidente-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, morreu, nesta quinta-feira (29), aos 86 anos de idade, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

O empresário estava internado há um mês em virtude de complicações que teve, após se submeter a uma cirurgia no quadril.

Paolinelli tinha formação em engenharia agrônoma e se destacou como visionário de um setor que ainda era muito fraco no Brasil: a agropecuária.

Vendo o potencial do Brasil para a produção de alimentos a nível mundial, Paolinelli investiu em pesquisa e tornou-se Secretário de Agricultura de Minas Gerais em três oportunidades (Rondon Pacheco, Hélio Garcia e Eduardo Azeredo), em 1971. Foi nomeado ministro da Agricultura no governo de Ernesto Geisel em 1974, durante a ditadura militar, de 1974 a 1979. Nessa época, a Embrapa já havia sido criada na Gestão de Emílio Médici, em 1972.

Paolinelli deu contribuições significativas para o desenvolvimento agrícola do país e, em 1987, foi eleito deputado federal, cargo que o ajudou a desempenhar papel essencial na Subcomissão da Política Agrícola e Fundiária e da Reforma Agrária, colaborando para a construção de políticas relevantes nessa área.

Também foi presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), onde continuou a sugerir propostas relevantes para o agronegócio do país.

Estudioso convicto, Paolinelli nunca aceitou a ideia de que o Cerrado e o Centro-Oeste era terras inférteis. Por causa de suas pesquisas, a região, hoje, é a maior produtora de grãos do Brasil; tendo o Mato Grosso superado a Argentina na colheita de soja em 2023.

Por tudo isso, em 2006, ao lado do pesquisador da Embrapa, Edson Lobato, e do norte-americano Andrew Colin McClung, Paolinelli recebeu o World Food Prize, premiação de prestígio internacional na área da agricultura. Ele foi agraciado pela pesquisa de transformação do Cerrado em área fértil para a produção alimentar.

Também foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2021 e reconhecido pelo Senado Federal, naquele mesmo ano, como o "Pai da Agricultura Brasileira".

O "patrono da agricultura tropical" deixa a mulher, Marisa Gonzaga. 

O velório acontece às 15 horas desta quinta (29) até às 9h30 da sexta-feira (30), no Palácio da Liberdade. O sepultamento está previsto para às 11 horas, no Cemitério Parque da Colina. 

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