Pesquisadores criam tijolo feito do bagaço do açaí

Depois do concreto criado a partir do bagaço da cana-de-açúcar, vem aí o tijolo da semente do açaí.

A novidade foi lançada na primeira Feira de Negócios Sustentáveis do Xingu, em Altamira, interior do Pará.

Promovido pela Norte Energia, empresa concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, o evento ocorreu no sábado (24) e reuniu produtos, serviços e expositores de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. Todas áreas rurais com bastante extratisvismo, pecuária e agricultura.

Entre as dezenas de ideias apresentadas no networking dos empreendedores, uma chamou a atenção dos potenciais investidores: era um tijolo produzido a partir do caroço de açaí, que procura dar um descarte amplo e sustetável ao que sobra da fruta.

Por décadas, as sacas de caroço de açaí foram empilhadas em pleno centro da cidade de Belém, entupiam os esgotos, proliferavam os ratos e ninguém sabia o que fazer com os resíduos, que se avolumavam em toneladas sedimentando, literalmente, cada canto dos municípios paraenses. 

Agora, os empreendedores já sabem o que fazer com essas grandes quantidades de sementes desperdiçadas e prometem limpar as cidades.

Geisiane Ferreira Ribeiro do Nascimento, 29 anos, fundadora da empresa Xingu Tijolos Sustentáveis, de Altamira, compartilhou a ideia.

- O tijolo passa por um processo de secagem por alguns dias e, depois, ele é triturado. Após a trituração, é feita uma mistura, que é colocada em uma máquina onde é feito o processo de compressão. Todos esses tijolos são compactados para que ele tenha uma resistência melhor. Depois de mais alguns dias de secagem ele já está pronto para uso - explica a jovem, que sonha com a produção em larga escala.

Além de diminuir o impacto no meio ambiente, o tijolo de açaí reduz as emissões de CO²; já que a fabricação não necessita de forno. Fora isso, os resíduos e os desperdícios na obra são reduzidos consideravelmente e os custos podem cair em até 40%.

Professores da Universidade da Amazônia (UNAMA) também já desenvolvem pesquisas para utilizar o açaí como matéria-prima do concreto permeável.

Ao todo, 16 projetos foram selecionados para receber apoio na divulgação das marcas, marketing, gestão de vendas e qualificação técnica dos produtos. 

Os integrantes dos projetos sustentáveis aprovados também receberam orientação sobre economia e gestão de negócios e terão direito a incentivos fiscais e poderão evitar multas.

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