Embrapa: Pesquisadores combinam técnicas para reduzir o impacto da seca na soja


A Embrapa desenvolveu um programa de Tecnologias para o Enfrentamento da Seca na Soja (Tess), que promete mitigar os impactos da estiagem nas planações de soja.
- Com esses esforços coordenados, queremos gerar soluções agronômicas de impacto expressivo para a mitigação da seca na sojicultura brasileira e reduzir prejuízos - explica Alexandre Nepomuceno, chefe-geral da Embrapa Soja.
Na safra 2021/22, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul sofreram bastante ao longo dos meses em que a seca assolou os estados. O abalo foi tanto que a produção da soja reduziu em 403 milhões de sacas, causando um prejuízo de US$ 14,9 bilhões.
Segundo Nepomuceno, o fator que mais abala a cultura de soja é que 90% dos plantios não tem irrigação, ou seja, na quase totalidade dos 43 milhões de hectares cultivares se faltar chuva, o prejuízo é gigantesco.
O programa Tess, no entanto, já identificou a fonte de preocupação do produtor e aposta em uma rede de pesquisa e de transferência de tecnologias para criar soluções que reduzam esse dano.
O líder do projeto, José Salvador Foloni, explica que os pesquisadores estão aprimorando os modelos de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) e de distinção de ambientes para a indicação de cultivares e de tecnologias agronômicas mitigadoras do problema.
Além disso, a ampliação do sensoriamento remoto para monitorar lavouras comerciais, a intensificação das práticas de manejo conservacionista do solo no âmbito do sistema plantio direto (SPD) e o incremento do uso de corretivos e fertilizantes para a construção do perfil do solo em camadas mais profundas para o sistema radicular das culturas também estão sendo avaliados.
Os cientistas do Tess fazem ajustes em edição gênica, fenotipagem e melhoramento genético para acelerar processos de obtenção de cultivares mais tolerantes à seca; assim como promovem avanços nas práticas fitotécnicas e de posicionamento agronômico de bioinsumos para tornar as lavouras mais resilientes ao déficit hídrico.
- O programa pretende atuar de forma multidisciplinar, associando diferentes áreas do conhecimento para que haja avanços agronômicos significativos, de forma articulada para atender agricultores nas diferentes regiões sojícolas do Brasil - adianta Foloni.
Uma das estratégias recomendadas pela Embrapa Soja, para deixar o solo mais úmido, é diversificar as culturas; o que acarretará em aumento do armazenamento de água disponível no terreno, enraizamento em profundidade e menor escorrimento superficial das enxurradas (erosão).
De qualquer forma, a empresa pública já trabalhar na identificação e edição de genes da própria soja que sejam mais tolerantes à seca, temperaturas extremas e que possam ser cultivados em larga escala.
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Fonte: Embrapa