
O Brasil, o 6º maior produtor de leite do mundo, tem importado muita matéria-prima para a produção desse gênero. Mas, por que isso ocorre?
É que a matéria-prima fornecida pela Argentina e Uruguai, por exemplo, é muito mais barata do que a encontrada no Brasil e as gigantes do leite optam por adquirir os insumos nos países vizinhos.
Para se ter ideia de como o volume de importação cresceu, o Brasil já importou em leite, creme de leite e laticínios, nos primeiros quatro meses deste ano, três vezes mais do que o mesmo período de 2022: 70 mil toneladas.
Movimentação parecida ocorreu também nos derivados do leite: manteiga, queijo e coalhada, que também registraram crescimento de importações.
Em 2023, a Argentina exportou 34,6 mil toneladas de leite, creme de leite e laticínios ao Brasil, mais que as 12,6 mil toneladas no mesmo quadrimestre de 2022. O Uruguai também foi pelo mesmo caminho e os envios do país dispararam de 5,8 mil para 28,7 mil toneladas entre janeiro e abril.
- O Uruguai nunca mandou tanto leite para cá como nos últimos dois meses - conta Roberto Jank Jr, vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite).
As importações do produto são vistas com preocupação pelo setor que possui 600 mil produtores brasileiros profissionais e há quem defenda até um intervenção do governo nessas importações; para que o produtor nacional não "quebre" em cadeia.
- Seria importante colocar um limite nas importações - avisa Patrick Sauvageot, da Lactallis.
Para o executivo, se nada for feito, vai sobrar leite na prateleira por falta de consumo. Um desequilíbrio que é resultado da matéria-prima importada que saiu mais em conta, fazendo com que algumas marcas vendam mais barato do que outras.
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Fonte: Globo Rural