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Cerrado sofre "desmatamento oportunista", diz presidente do Ibama

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, replicou uma justificativa parecida com a da colega, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), para explicar por que motivo o desmatamento tem aumentado no Cerrado, durante o Governo Lula (PT), que pretende implementar um rígido protocolo sustentável nos próximos anos.

O indicado de Marina Silva para o cargo disse que a resposta é simples: as pessoas estariam "correndo para desmatar" porque não terão mais como fazer isso, após a implantação de uma legislação mais dura.

- No Cerrado, a gente percebe que as pessoas estão imaginando que, daqui para frente, não vão conseguir desmatar mais. Então, você tem um desmatamento oportunista. As pessoas estão correndo para desmatar - "chutou" o rapaz.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento no Cerrado já cresceu 35% em maio deste ano, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os maiores índices de desmatamento estão na Bahia.

Ao todo, foram destruídos 1.326 km² de área nativa porque a legislação atual permite que o proprietário do imóvel rural desmate 75% do terreno e preserve outros 25%.

- A gente percebe também que uma parte do desmatamento é autorizado pelos estados. No bioma Cerrado, hoje, a legislação permite que cada proprietário derrube até 80% de sua propriedade. Na Amazônia, é o contrário: você pode derrubar, no máximo, 20%. Se for Cerrado amazônico, 35% - acrescentou.

Em fevereiro deste ano, ao ser questionada sobre o aumento do desmatamento na Amazônia, a ministra Marina Silva também justificou de forma "estranha" e alegou que se tratava de "revanche". Não apontou, no entanto, quem fazia e em quais dados ela se baseava para fazer a afirmação.

- Estão desmatando mesmo no período chuvoso. É uma espécie de revanche às ações que já estão sendo tomadas na ponta. E vamos continuar trabalhando. Este é o nosso objetivo. Nós não somos como o governo anterior. Os dados são transparentes. As pessoas têm acesso aos dados em tempo real, exatamente para que a gente possa atuar de acordo com a gravidade do problema - declarou.

O Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe, comprovou que, nos dois primeiros meses do terceiro mandato de Lula, haviam sido desmatados 208,75 km².

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