Pesquisadores levam três anos, mas encontram a árvore mais alta da Amazônia

A maior floresta do mundo, a maior biodiversidade do planeta e o segundo maior rio da Terra, o Amazonas. No Brasil, com todo esse currículo, não era de estranhar que tivesse também a maior árvore da Amazônia.

Uma expedição ficou 11 dias no município de Laranjal do Jari, na divisa entre o Pará e o Amapá, e rastreou o exemplar que já tinha sido visto pela primeira vez em 2019.

- Finalmente, conseguimos chegar até a maior árvore. Nós já tínhamos documentado. Fizemos uma primeira expedição para chegar até a árvore, mas ficou faltando 3 quilômetros e, desta vez, a gente fez todo o planejamento, refizemos a expedição e conseguimos chegar, de fato, até ela e validar a informação - comemorou o professor  Eric Bastos Gorgens, pesquisador da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e um dos coordenadores do projeto "Árvores Gigantes da Amazônia".

O professor Diego Armando Silva, do Instituto Federal do Amapá (Ifap) e coordenador local do grupo de estudo, contou que a equipe pesquisou por três anos, percorreu vários quilômetros de mata "fechada" até concluir o trabalho de mapeamento das "gigantes".

- Houve um planejamento de 11 dias e contou com equipes da comunidade, preparadas para navegar por três dias o Rio Jari e, depois, percorrer 40 quilômetros, considerando ida e volta pela floresta intocável até concluirmos o trabalho nas árvores gigantes - relata o pesquisador.

A árvore, da espécie Angelim Vermelho, bateu o recorde de uma castanheira de 66 metros e de um outro angelim vermelho de 79,19 metros, que foram encontradas em 2021.

Para se ter ideia do tamanho do exemplar, ela equivale a um prédio de 30 andares, possui circunferência de 10 metros e tem, aproximadamente, 400 anos.

- Comparando, essa árvore é equivalente a três vezes o Cristo Redentor. É um ser absolutamente fantástico - destacou Gorgens.

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Fonte: G1