Brasileiro não acredita em promessa de Lula: 67% dizem que picanha e cerveja continuarão caras até o fim do mandato


Uma ampla maioria dos brasileiros não acredita na promessa de campanha do presidente Lula (PT) de devolver a "picanha e a cerveja" à mesa do povo. Segundo pesquisa do instituto Paraná Pesquisas, 67,1% dos entrevistados afirmam que, até o fim do governo petista, esses itens não ficarão mais acessíveis para as famílias.
A famosa promessa do churrasco barato, usada como símbolo de suposta prosperidade durante a campanha eleitoral, hoje encontra descrédito popular. Apenas 26,3% ainda acreditam em melhora econômica até o fim do mandato. Outros 6,6% não souberam ou preferiram não opinar.
Os números mostram um governo que não consegue reverter a percepção negativa. Houve uma variação mínima em relação à sondagem anterior (abril), quando 68,4% não confiavam em melhora e só 25,7% eram otimistas.
O levantamento ouviu 2.020 pessoas entre 18 e 22 de junho em todo o país, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais e 95% de confiança.
A insatisfação é mais forte entre os homens (71,5% dizem não acreditar em melhora) do que entre as mulheres (63,1%). Regionalmente, o Sul lidera o pessimismo, com 74,6% sem expectativa de alívio nos preços, seguido pelo Sudeste (69,2%), Norte + Centro-Oeste (66,8%) e Nordeste (59,9%).
Entre os poucos que ainda confiam no governo para baratear o churrasco, o maior otimismo está no Nordeste (33,9%), região onde o PT historicamente mantém apoio, seguido por Norte + Centro-Oeste (27,6%), Sudeste (24%) e Sul (17,5%).
71% dos brasileiros dizem que preços subiram desde a volta de Lula
Além do ceticismo em relação ao futuro, a percepção majoritária é de que os preços já dispararam desde que Lula reassumiu o Planalto. Segundo a mesma pesquisa, 71,4% dos entrevistados afirmam que os preços subiram no supermercado no terceiro mandato petista.
Apenas 17,2% disseram que os preços ficaram iguais. Para 9,4%, houve redução, e 2,1% não souberam responder.
O descontentamento é generalizado, mas ainda mais marcante no Sul (77,9% dizem que os preços subiram) e no Sudeste (76,1%), regiões tradicionalmente mais críticas ao PT. No Norte e Centro-Oeste, 71% relatam aumento, e no Nordeste, 60,4%.
Homens e mulheres praticamente empatam na percepção de alta de preços: 71,2% dos homens e 71,5% das mulheres notaram os aumentos.
Entre os poucos que disseram ver queda nos preços, a maior proporção está no Nordeste (13%), o principal reduto eleitoral de Lula.
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