Senador acusa governo de "insensibilidade" e diz que parte da safra é perdida por ser armazenada em caminhões


O embate entre o Governo Federal e o agronegocio continua acirrado e novas páginas dessa história conflituosa são escritas dia após dia.
No 17º Circuito Aprosoja, um dos maiores e principais eventos da cadeia produtiva da soja no Brasil, que percorre vários núcleos do país, os produtores têm denunciado que a falta de espaço para armazenar adequadamente os grãos faz o agricultor perder parte da safra.
- Hoje, no Brasil, a grande parte da nossa safra é armazenada no caminhão. Por isso, perdemos muitos produtos. Acho que criar uma linha de crédito é tão importante quanto criar o incentivo à produção de automóveis - alfinetou a gestão petista o senador o senador Wellington Fagundes (PL).
Neste ano, o Brasil deve ultrapassar, pela primeira vez, a marca de 300 milhões de toneladas de grãos, alcançando um patamar histórico de 120 milhões de toneladas que, simplesmente, não há onde estocar.
Para se ter ideia do volume, é mais do que toda a safra da Argentina, que enfrenta o terceiro ano consecutivo de seca e vai colher apenas 75 milhões de toneladas, das 122 milhões de toneladas estimadas.
- Não ter armazém no campo. Custa mais caro para o agricultor e a sociedade. Todo mundo paga essa conta. 85% da estrutura de armazenagem está em centros urbanos e industriais ou nos portos. E, daí, os caminhões ficam em filas, sem armazém, nem secador nem estrutura suficiente para receber essa produção. O produto começa a perder qualidade e o preço do frete acaba explodindo. É um ciclo vicioso bastante sério - acrescentea Paulo Bertolini, presidente da Câmara Setorial de Armazenagem de Grãos da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Além da falta de armazéns relatada, o presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore, ainda pontuou outras procupações que rondam o setor produtivo como as políticas ambientais do atual governo, as demarcações de terras indígenas e as invasões de terra orquestradas por movimentos sociais ligados à esquerda.
- As questões ambientais, principalmente, com relação às restrições de embargos comerciais, como a moratória da Amazônia. A segurança do direito de propriedade, infraestrutura, marco temporal, interligação de modais foram um dos temas que nós tocamos e fizemos um ajuste fino para colocar as pautas em linha com o que o produtor precisa de fato - destacou.
Semana que vem, o terceiro mandato do presidente Lula (PT) divulga o Plano Safra 2023/24 e, então, o setor saberá se as suas requisições estão alinhadas ou não com os princípios do Executivo Federal.
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