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Goiás declara nova emergência zoossanitária contra gripe aviária

O Governo de Goiás decretou, no sábado (17), nova situação de emergência zoossanitária para prevenção à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). A medida, publicada por meio do Decreto nº 10.693, foi adotada de forma preventiva, mesmo sem qualquer registro da doença em território goiano até o momento — nem em granjas comerciais, nem em aves silvestres ou de subsistência.

A ação, coordenada pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), está alinhada à Portaria nº 784/2025 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que prorrogou por mais 180 dias a emergência zoossanitária nacional, inicialmente decretada em 2023.

A decisão ocorre dias após a confirmação de um caso de IAAP em matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro (RS), divulgada pelo Mapa na quinta-feira (15).

“Essa é uma medida estratégica e necessária. Goiás tem um papel relevante na avicultura nacional e precisamos proteger nossos plantéis e nossa economia com ações rápidas e coordenadas”, destacou o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.

Setor estratégico

Goiás ocupa a quarta posição no ranking nacional de produção avícola, com destaque para os polos de Itaberaí e Rio Verde, que figuram entre os maiores do país. Em 2024, o Brasil manteve-se como o maior exportador mundial de carne de frango, com produção estimada em 15 milhões de toneladas. Só em Goiás, o setor gera mais de 240 mil empregos diretos.

O novo decreto tem validade de 180 dias e visa garantir agilidade na mobilização de recursos e resposta rápida em caso de eventual foco da doença. O objetivo central é fortalecer a biossegurança, melhorar a integração institucional e assegurar a estabilidade econômica do setor avícola.

Vigilância redobrada

Além da vigilância ativa, o decreto permite reforçar ações como fiscalização em granjas, controle de trânsito de aves, ações educativas e suporte técnico-financeiro para emergências. A Agrodefesa destaca a importância da colaboração de produtores, técnicos e demais elos da cadeia.

“A população e os produtores devem manter atenção às medidas de biosseguridade e comunicar qualquer ocorrência suspeita aos canais oficiais da Agência”, alertou o diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Rafael Vieira.

Segundo ele, manter Goiás livre da influenza aviária é fundamental para preservar a sanidade animal, a segurança alimentar e a confiança dos mercados internacionais, que têm na avicultura brasileira um importante fornecedor global.

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