Tarifas dos EUA Criam Incertezas no Mercado Cafeeiro Brasileiro, Mas Abertura para Robustas Pode Ser Oportunidade


As recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre as importações de café têm gerado apreensão no setor cafeeiro brasileiro. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essas medidas influenciam o câmbio e pressionam os valores do café nas bolsas internacionais.
O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou tarifas de 10% sobre o café brasileiro. Embora essa taxa seja inferior às impostas a outros países produtores, como Vietnã (46%) e Indonésia (32%), a medida ainda assim impacta a competitividade do produto brasileiro no mercado dos EUA.
Em 2024, os Estados Unidos foram o principal destino do café brasileiro, adquirindo 8,13 milhões de sacas de 60 kg, o que representou 16% das exportações totais do país. Apesar de o Brasil ser reconhecido principalmente pela produção de café arábica, a produção de robusta tem aumentado, o que pode abrir novas oportunidades no mercado norte-americano, especialmente diante das tarifas mais elevadas aplicadas aos concorrentes asiáticos.
Marcos Matos, diretor do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), destaca que, embora haja potencial para ganhos, é fundamental buscar isenções tarifárias. Ele argumenta que cada dólar gasto na importação de café gera um retorno de 43 dólares na economia dos EUA, ressaltando a importância do produto brasileiro para o mercado norte-americano.
Além das tarifas, o setor cafeeiro enfrenta desafios relacionados às condições climáticas adversas, como temperaturas elevadas e chuvas irregulares, que podem afetar a produção nas próximas safras. Esses fatores aumentam a incerteza no mercado e exigem estratégias eficientes por parte dos produtores para garantir a rentabilidade e a segurança da atividade.
Diante desse cenário, é crucial que os produtores brasileiros monitorem de perto as políticas comerciais internacionais e as condições climáticas, buscando adaptar-se às novas realidades do mercado para manter a competitividade e assegurar a sustentabilidade da cafeicultura nacional.
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