Clima favorece colheita de tomate na região de Caxias do Sul


As condições climáticas dos últimos dias favoreceram o desenvolvimento e a maturação do tomate na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, o que deve garantir boas colheitas. Segundo o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (27), a colheita das lavouras de ciclo precoce está encerrada, enquanto as de ciclo tardio já ultrapassaram a metade da colheita.
Sem registro de problemas fitossanitários, a comercialização do tomate segue estável. O preço do tomate longa vida na Ceasa Serra foi de R$ 4,00/kg, enquanto na Ceasa Porto Alegre chegou a R$ 5,00/kg. Produtores que vendem para intermediários receberam entre R$ 3,00 e R$ 3,50/kg para frutos não beneficiados, dependendo do calibre.
Avanço da colheita da soja e desafios climáticos
A colheita da soja na região passou de 11% para 24% da área cultivada, acompanhando o fim do ciclo fenológico das lavouras. A produtividade média está estimada em 2.240 kg/ha, com grande variação entre regiões. No Oeste, perdas inviabilizam a colheita em algumas áreas, enquanto no Planalto e nos Campos de Cima da Serra, a produtividade supera 4.000 kg/ha em lavouras beneficiadas por chuvas regulares.
A falta de uniformidade nas lavouras exigiu dessecação pré-colheita para padronização, pois a estiagem e chuvas irregulares resultaram em plantas com legumes verdes e secos ao mesmo tempo. Esse cenário pode impactar a qualidade do grão e gerar descontos na comercialização. Outro fator preocupante é a umidade dos grãos, que varia de 7% a 13%, podendo causar danos mecânicos no processo de trilha.
Cerca de 35% das lavouras estão em floração e enchimento de grãos, fases que podem ser prejudicadas pela escassez de chuvas em março. O uso de fungicidas ainda ocorre em algumas propriedades, apesar da baixa umidade relativa do ar, que reduz a incidência de patógenos.
Colheita do milho atinge 80% e seca afeta rendimento
A colheita do milho avançou e atingiu 80% da área cultivada, favorecida pela ausência de chuvas. Atualmente, 9% das lavouras estão em maturação, 9% em estádio reprodutivo e 2% em desenvolvimento vegetativo. A falta de chuvas em março preocupa produtores, pois pode comprometer o potencial produtivo das lavouras ainda em crescimento.
A produtividade está estimada em 6.866 kg/ha, uma redução de 3,5% em relação à projeção inicial devido à estiagem. No entanto, a qualidade dos grãos se mantém alta, com umidade próxima de 13%, minimizando descontos na comercialização.
No aspecto fitossanitário, a pressão de pragas e doenças é considerada baixa. Destacam-se a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), que requer controle até o estádio V10, e a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), que está sendo monitorada para eventuais intervenções.
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