
As precipitações continuarão sendo frequentes em diversas regiões do Brasil ao longo do mês de março, conforme indica o prognóstico climático divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O volume de chuvas será mais intenso na Região Norte e em áreas do Centro-Oeste e do Sul.
Para o setor agropecuário, as chuvas são fundamentais na preparação do solo e no desenvolvimento das culturas, mas podem prejudicar a colheita, especialmente quando ocorrem em excesso. Regiões como Centro-Oeste, Sul e Nordeste concentram grande parte da produção agrícola do país e vêm enfrentando oscilações entre períodos chuvosos e calor intenso.
Neste período, culturas como arroz, feijão, milho e soja estão em fase de colheita em diversas regiões, incluindo estados do Nordeste como Bahia e Piauí. A previsão do Inmet alerta para chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste, com volumes que podem ultrapassar 250 mm no nordeste e sudeste do Mato Grosso, impactando o ritmo da colheita do arroz.
Segundo monitoramento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o final de fevereiro, apenas 10% da safra de arroz havia sido colhida nessa região. "O andamento da colheita dependerá das condições climáticas, e chuvas excessivas podem prejudicar o processo", explica a agrônoma Patrícia Campos, da Conab.
No Sul do país, as chuvas também devem ficar acima da média, especialmente no norte do Rio Grande do Sul e na faixa central e leste de Santa Catarina, com volumes aproximados de 130 mm. No entanto, os impactos sobre as lavouras serão reduzidos.
Benefícios das chuvas para o plantio
Apesar dos desafios para a colheita, a umidade favorece a maturação dos grãos e o plantio da segunda safra. "O aporte hídrico é essencial para o desenvolvimento das culturas e garante condições ideais para o plantio", afirma a meteorologista do Inmet, Danielle Ferreira.
Patrícia Campos reforça que a maior preocupação para a produção agrícola continua sendo a falta de chuvas. "Apesar dos entraves na colheita, no geral, a chuva tem sido benéfica para o plantio", conclui. A semeadura da segunda safra do milho já ultrapassou os 50%, enquanto a do algodão está praticamente concluída.
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