
O preço do café arábica no Brasil atingiu novos recordes históricos, com o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, chegando a R$ 2.769,45 por saca de 60 kg no dia 12 de fevereiro. O valor supera o recorde anterior da série histórica, iniciada em 1996. Mesmo com oscilações nos dias seguintes, as cotações permaneceram próximas de R$ 2.700 por saca, acumulando alta superior a R$ 500 desde o início do ano.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os estoques reduzidos de café arábica, tanto no Brasil quanto no mercado global, sustentam a tendência de valorização. A previsão de uma safra "modesta" para 2025/26 também gera apreensão no setor, impulsionando os preços. Apesar dos altos valores, a demanda pelo produto segue firme, exercendo pressão adicional sobre as cotações.
No campo, as condições climáticas preocupam os produtores. As lavouras de arábica estão na fase final de desenvolvimento, mas o calor intenso e a escassez de chuvas nos últimos dias aumentam a incerteza. Embora o período entre outubro de 2024 e janeiro de 2025 tenha registrado um bom volume de precipitações, a expectativa para fevereiro é de chuvas abaixo da média e temperaturas acima do normal, o que pode comprometer a qualidade dos grãos.
A safra 2025/26 já sofreu impacto das condições climáticas adversas ao longo de 2024. O Cepea alerta que o calor excessivo pode acelerar a secagem dos grãos antes da colheita, prejudicando a qualidade da bebida e reduzindo a produtividade da lavoura.
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