A sabotagem internacional contra o agro brasileiro

A sustentabilidade do agronegócio mato-grossense foi o tema central da 17ª edição do Circuito Aprosoja, que percorreu os municípios da região leste do estado nesta semana. O assunto foi apresentado pelo ex-ministro e relator do Código Florestal Brasileiro, Aldo Rebelo, que também foi por muito tempo presidente do PCdoB e deputado federal pelo partido comunista do Brasil.

Mato Grosso é uma potência no agronegócio. O maior produtor de grãos e carne bovina do país e, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mantém 62,8% de área preservada. O MT produz sozinho mais soja que a Argentina, por exemplo.

Dados da Associação dos Produtores de Soja e Milho (APROSOJA-MT) mostram que a prática sustentável está presente nas propriedades do estado. O estudo identificou em 57 municípios cerca de 102 mil nascentes. Nada menos que 95% delas estão em bom estado de conservação.

Com domínio do assunto, Aldo Rebelo afirmou que Mato Grosso encontrou equilíbrio em sustentabilidade, mesmo com “ações de sabotagem” praticadas por algumas ONGs internacionais. 

- Não se trata apenas do meio ambiente. Trata-se de usar o meio ambiente para travar uma guerra comercial contra o Brasil. Isso, na verdade, é o sistema de sabotagem financiado pelos concorrentes do Brasil, que encontram, muitas vezes, não só apoio de organizações não governamentais; mas também respaldo dentro do próprio estado brasileiro - denunciou Rebelo, ex-ministro de Lula e Dilma, ambos do PT.

Ele também chama à responsabilidade o governo brasileiro que tem obrigação de encontrar maneiras para lidar com essa situação e, assim, minimizar os impactos causados ao produtor rural.

- O Brasil tem que enfrentar essa situação. Não pode aceitar. E eu acho que tem que começar pelo Congresso Nacional. É o Congresso que tem que limitar a ação dessas ONGs e reorganizar juridicamente o país para impedir esses abusos que infelizmente vem sendo cometidos - pontua.

O presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore, foi mais pragmático e lembrou que tratar desse tema vai além de questões ideológicas ou políticas. 

- O intuito é falar das pautas em pró ao Brasil. Hoje, não se trata mais de ideologia ou política. É a questão ambiental. Está ligada a quem é contra ou a favor do Brasil. Quem é a favor ou contra o desenvolvimento, quem é a favor ou contra a prosperidade da população brasileira e estar linkado diretamente à questão ambiental - resslata Cadore.

da Redação

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