
O rebanho bovino brasileiro deve sofrer uma redução significativa nos próximos anos. Segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 2025 o país contará com pouco menos de 232 milhões de cabeças de gado, uma queda de aproximadamente 3 milhões em relação a 2022.
Essa redução impactará diretamente a produção de carne bovina, que deve registrar sua primeira queda após quatro anos consecutivos de crescimento. A estimativa é de um recuo de quase 5% na produção total. Entre o nascimento e o abate, um boi leva de três a cinco anos para engordar, o que significa que essa redução na oferta já vinha sendo desenhada nos últimos anos.
Enquanto a produção cairá, as exportações devem crescer 2,1% em 2025, segundo a Conab. Esse movimento resultará em uma queda de 8,5% na oferta de carne bovina para o mercado interno. Com o crescimento populacional, a disponibilidade média por habitante deverá ser 9% menor.
Entre os cortes afetados pela queda na produção, está a picanha. Extraída da parte traseira do animal, próxima à pata, cada boi fornece duas peças, que podem pesar até 1,2 kg. Com a previsão de menor oferta, a estimativa é que o mercado tenha cerca de 6 milhões de peças a menos em comparação com 2022.
Para efeito de comparação, a carcaça de um bovino tem, em média, 270 kg, sendo a picanha uma pequena fração desse total. Com a queda na oferta de carne e a crescente demanda, os preços no mercado interno podem sofrer reajustes ao longo do ano.
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