Indígena diz que cão Wilson foi deixado propositadamente na mata "em troca" de crianças desaparecidas


Mais de 100 homens continuam as buscas pelo cão Wilson, que encontrou as quatro crianças indígenas desaparecidas na Amazônia colombiana, depois de 40 dias perdidas na mata. Mas, misteriosamente, também desapareceu na imensidão da floresta, cujas copas das árvores chegam a ter mais de 88 metros de altura.

Wilson, de 6 anos, pertence às Forças Armadas da Colômbia e é considerado um dos melhores do país. O animal encontrou as pequenas crianças indígenas na floresta e, no meio da comemoração, dos colegas humanos, o bicho se afastou e, simplesmente, desapareceu.
Quando os agentes se deram conta do que tinha ocorrido, era tarde demais. Não conseguiam encontrar Wilson, que ficava cada vez mais assustado e se distanciando do grupo quando ouvia o próprio nome.
Os homens dizem que avistaram Wilson, gritaram por ele, que estava a apenas 15 metros do grupo, mas estranhamente o pastor belga se afastou e tem mantido postura arredia e medrosa; o que é de se admirar para um cão do seu porte.
Apesar do comportamento de Wilson, Edgar Yesid Fontecha, instrutor do Centro de Treinamento Canino, disse que a floresta Amazônica, por ser muito grande e parecer que a vegetação é sempre a mesma, confunde quem adentra nela e, fatalmente, desorientou Wilson, que pensa estar correndo no mesmo lugar. Mas, na verdade, o cão se afasta cada vez mais.

O general das Forças Armadas Colombianas, Helder Fernán Giraldo Bonilla, disse que o grupamento vai manter ativo o resgate do "herói", cujo talento é raro e ajudar a procriar vários exemplares como ele.
- Acreditamos que Wilson está vivo. Os militares já o viram. Não sabemos o porquê do seu comportamento, porque quando o chamaram para se aproximar, ele fugiu - lamentou Bonilla.
Já o membro da Guarda Indígena Cauca, uma das mais de 200 pessoas que auxiliaram nas buscas às crianças, contou, na sexta-feira (16), que Wilson foi deixado, propositadamente, na mata como "oferenda" em troca dos menores desaparecidos.
- Foi trocado. Ficou como oferenda para os espíritos que tinham as crianças - afirmou Dagua para uma rádio local.
- Vamos torcer para que, através de uma conversa espiritual, ele consiga sair. Os povos amazônicos já estão nisso porque é uma vida de qualquer jeito e a Guarda (Indígena Cauca) deve zelar pela vida de tudo e de todos. Então, acreditamos que, se essa comunicação continuar, o cachorro Wilson com certeza vai sair; mas foi aquela troca, digamos, espiritual, para os indígenas aparecerem - reforçou.
O animal já está perdido há três semanas.
Siga as nossas redes sociais:
Siga o Jornal do Agro Online no Telegram e receba diariamente as principais notícias do Agro:
https://t.me/jornaldoagroonline
Curta nossa página no Facebook:
https://www.facebook.com/profile.php?id=100090837996028
Instagram: https://www.instagram.com/jornaldoagroonline/
TikTok: tiktok.com/@jornaldoagroonline
Fonte: Notícias Agrícolas