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Retorno de Donald Trump oferece oportunidades ao agronegócio brasileiro

A volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos traz perspectivas de novas oportunidades para o agronegócio brasileiro. Apesar dos desafios macroeconômicos, como a desvalorização do real diante do dólar, o cenário de protecionismo prometido pelo republicano pode abrir portas para o Brasil ampliar sua competitividade em mercados internacionais, especialmente no setor de commodities.

A valorização do dólar e suas implicações

O dólar, que já vinha em trajetória de alta, fechou em R$ 6,04 nesta segunda-feira (20/1), marcando o primeiro pregão após a posse de Trump. Essa valorização, intensificada por políticas fiscais protecionistas e pela possibilidade de elevação dos juros nos Estados Unidos, pode representar desafios para a economia brasileira em áreas como e inflação. No entanto, para as exportações, especialmente no agronegócio, o fortalecimento do dólar é um fator positivo

Produtos agrícolas como soja, milho, carne bovina e outras commodities ganham competitividade em cenários de desvalorização do real. Essa vantagem se amplifica diante da tensão comercial entre Estados Unidos e China, que deve continuar sob a gestão de

Guerra comercial como vantagem estratégica

Com o aumento das tarifas sobre produtos chineses, o Brasil tem a chance de ocupar parte do espaço deixado pela China no mercado norte-americano. Além disso, a restrição às importações do gigante asiático pode gerar uma maior procura por fornecedores alternativos, impulsionando as exportações brasileiras

“Quando há rivalidade entre os dois maiores exportadores do mundo, como EUA e China, abre-se um espaço significativo para o Brasil. É uma oportunidade para aumentar nossa presença no mercado internacional”, afirmou Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias do Estado de

Perspectivas para o agronegócio brasileiro

O setor agrícola do Brasil, líder global na exportação de produtos como soja e carne, pode se beneficiar significativamente desse cenário. Além de ganhar terreno no mercado dos Estados Unidos, o Brasil tem a oportunidade de consolidar sua posição na China, fortalecendo sua influência no comércio

Embora um dólar mais forte possa pressionar os custos de insumos importados, a alta competitividade das commodities brasileiras, aliada à qualidade reconhecida dos produtos, tende a sustentar a exportação

Considerações finais

Os Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial do Brasil, podem tornar-se ainda mais relevantes para o agronegócio nacional durante o mandato de Trump. Em 2023, as exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 36,9 bilhões, a expectativa é que esses números cresçam caso o Brasil aproveite as brechas reservadas por políticas protecionistas e pela guerra

Para aproveitar essas oportunidades, o Brasil deve investir em diplomacia comercial e fortalecer parcerias estratégicas, equilibrando a balança comercial e consolidando o agronegócio .

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