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Arthur Lira cobra retratação de CEO do Carrefour e diz que irá pautar ‘reciprocidade’ na Câmara

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criticou nesta segunda-feira (25) a decisão do Carrefour de suspender a compra de carnes do Mercosul. Lira classificou a medida adotada pela rede francesa de supermercados como um exemplo de “protecionismo europeu” direcionado ao Brasil. Em resposta, afirmou que pretende pautar iniciativas voltadas à “reciprocidade econômica entre os países”.

“Nos incomoda muito o protecionismo europeu, principalmente da França com o Brasil. E deverá ter nesta semana, por parte do Congresso Nacional, em sua pauta, a lei da reciprocidade econômica entre os países”, disse Lira em discurso na abertura do Global Voices, promovido pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), em São Paulo (SP).

O CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, enviou, na quarta-feira (20), uma carta ao presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores da França (FNSE) informando a decisão de suspender a compra de carne produzida em países do Mercosul.

Na mensagem, Bompard afirmou que os produtos sul-americanos não atendem às exigências e normas francesas, gerando preocupação entre os produtores locais.

O executivo também declarou esperar que outras redes de supermercados sigam o exemplo do Carrefour e adotem a mesma postura de boicote.

No evento, Arthur Lira declarou não ser “possível que o CEO de um grupo importante como o Carrefour não se retrate de uma declaração de praticamente não importar as proteínas animais advindas e oriundas da América do Sul”.

A crítica a rede de supermercados francesa não estava prevista no discurso de Arthur Lira. O deputado federal afirmou que iria “quebrar o protocolo”. Ele ainda defendeu uma “resposta clara” do país.

“O Brasil, o Congresso Nacional, os empresários e a população têm que dar uma resposta clara para que esse protecionismo exagerado, sobretudo da França, [para que] não seja motivo de injusto protecionismo contra interesses de quem protege [o meio ambiente] debaixo da lei mais rígida com nosso código brasileiro florestal”, afirmou Lira.

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