O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), recuou 1,28% no segundo trimestre de 2024, acumulando queda de 3,50% no ano.
Entre os segmentos do setor, quando se compara os dois primeiros trimestres de 2024, o PIB registrou queda para os insumos (-2,68%), para o segmento primário (-1,77%), para as agroindústrias (-0,62%) e para os agrosserviços (-1,15%). Os desempenhos dos segmentos foram impactados pela redução do valor bruto da produção, pressionado, por sua vez, sobretudo pelas quedas nos preços e, em alguns casos, pela menor produção esperada para o ano, como ocorreu com os insumos agrícolas e com o primário agrícola.
Por fim, os resultados dos agrosserviços (-2,74%) no primeiro semestre de 2024 decorreu da redução para os agrosserviços de base agrícola (-5,39%), visto o crescimento para os de base pecuária (3,78%). No ramo agrícola, a queda acumulada no semestre reflete os comportamentos dos demais segmentos, especialmente dos insumos e do primário. No ramo pecuário, o crescimento no acumulado no semestre (3,78%) decorreu da maior produção esperada para o ano dos segmentos a montante, dentro e fora da porteira.
Considerando-se os desempenhos do agronegócio, seus ramos e seus segmentos nos dois primeiros trimestres, o PIB do agronegócio brasileiro pode alcançar R$ 2,50 trilhões em 2024, sendo 1,74 trilhão no ramo agrícola e 759,82 bilhões no ramo pecuário (a preços do segundo trimestre de 2024). Considerando-se essa projeção e o comportamento do PIB brasileiro no período, estima-se que a participação do setor na economia fique próxima de 21,8% em 2024, abaixo dos 24,0% registrados em 2023.
No segundo trimestre de 2024, o PIB do segmento de insumos do agronegócio caiu 2,68% . No acumulado do ano, a queda foi de 8,13%. O resultado reflete o desempenho das atividades de fertilizantes e corretivos de solo, defensivos, máquinas agrícolas e rações, cujas dinâmicas estão dispostas na Figura 1.
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Fonte: CNA