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CNA discute parcerias para desenvolvimento da cadeia do cacau

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, recebeu uma comitiva da World Cocoa Foundation (WCF) e da Cocoa Action Brasil para discutir ações conjuntas para o desenvolvimento da cadeia produtiva do cacau.

As instituições demonstraram interesse em iniciativas como a Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). João Martins afirmou que o Senar já desenvolve ATeG para o cacau e ressaltou também a necessidade de o produtor ter acesso ao crédito.

“O produtor precisa de financiamento para comprar adubo, mudas e outras ações que são tão importantes quanto à assistência técnica”, disse.

O presidente da WCF, Chris Vincent, explicou que a instituição está promovendo reuniões com diversas instituições no Brasil e no exterior para poder “alavancar e fomentar projetos para desenvolver a cadeia e melhorar a renda do produtor.”

Para Martins, uma ação conjunta deve ter também a participação da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), que é a instituição com expertise na cadeia produtiva.

O diretor da Cocoa Action Brasil, Pedro Ronca, disse que entende que um dos principais gargalos dos produtores de cacau é o acesso ao crédito e por isso estão criando um fundo de impacto para trazer recursos para a cadeia. O diretor falou ainda sobre um plano que pretende capacitar 30 mil produtores até 2030.

Pedro Ronca comentou que em visita à região produtora foi possível perceber que a assistência técnica do Senar faz diferença para o produtor.

“Vimos que o produtor que recebe ATeG teve perdas de 5% em produtividade esse ano, enquanto o que não recebe teve perdas de 90%. Então, o produtor que teve esse acompanhamento está bem, por isso queremos formalizar uma parceria com o Senar.”

Atualmente, o Senar atende 6.266 mil produtores rurais na cadeia do cacau em todo o país. Além disso, o Sistema CNA está desenvolvendo um projeto piloto do CNA Fiagro onde oferece acesso a microcrédito para os produtores de cacau que são atendidos pela ATEg do Senar.

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