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Ex-presidente do Incra afirma que assentamentos se tornaram os maiores latifúndios do Brasil

O Brasil não precisa mais de Reforma Agrária!

A afirmação é do engenheiro agrônomo, ex-presidente do Incra e um dos fundadores do PSDB, Francisco Graziano, mais conhecido como Xico Graziano, de 70 anos.

O professor universitário e uma das pessoas que elaboraram a Reforma Agrária para o Brasil, Graziano, que é um dos maiores especialistas nacionais sobre o tema com 10 livros publicados sobre o assunto, afirmou, em depoimento à CPI do MST, que o país não precisa mais da RA e que é preciso "consertar" o texto inicial.

- Não precisa mais reforma agrária. Precisamos consertar a reforma agrária que nós fizemos - garantiu o agrônomo.

Graziano disse que é necessário fazer um censo rural para averiguar as reais condições do homem do campo, tanto daqueles que estão em assentamentos quanto dos produtores rurais. Pois, segundo ele, haverá a constatação de que os acampamentos dos invasores se transformaram na maior concentração de terras do Brasil.

- Alguns estudos mostram que existe uma tremenda concentração fundiária dentro dos assentamentos. Há como dar terras para milhares de pessoas sem fazer novos assentamentos - destacou.

O ex-Secretário de Meio Ambiente de São Paulo lembrou aos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST que não tem "lado" e que traz apenas dados para embasar o relatório final do relator, que será o ex-ministro do Meio Ambiente do Governo Bolsonaro, Ricardo Salles (PL-SP).

- O Brasil fez a maior reforma agrária do mundo democrático. Fez uma grande distribuição de terras. A maioria da reforma agrária foi feita no Amazonas, em terras muito baratas. A média de gasto no Brasil é R$ 217 mil por reforma agrária - informou.

O agrônomo também defendeu que o governo deveria "colocar na terra" quem tem capacidade de administrar uma propriedade rural e que dessem prioridade para regularizar os terrenos entregues. Pois, sem o título, o assentado não pode fazer nada, nem pedir financiamento para produzir. 

- A reforma agrária está parada no Brasil. No Governo Bolsonaro, foram entregues os títulos provisórios das terras, pois nem isso estava acontecendo neste país. Minha recomendação é que parem de fazer a reforma agrária, para começarem a arrumar o que já foi feito - indicou.

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