Sistemas alimentares podem capturar emissões e avançar no combate à fome, diz CEO da JBS
Os sistemas alimentares podem contribuir, de forma determinante, para o enfrentamento dos dois maiores desafios da humanidade: mudanças climáticas e segurança alimentar. Esse foi o ponto enfatizado pelo CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, em um painel sobre como desbloquear o potencial Brasil-Estados Unidos em energias renováveis, informou
O Brazil-US Climate Impact Summit 2024, realizado pelo Valor Econômico e pela Amcham Brasil em Nova York, nos Estados Unidos, promoveu discussões sobre os desafios e caminhos diante das alterações no clima, com foco especial na transição energética como solução principal.
“Para as transformações que precisam ser feitas, são necessários recursos, mais especificamente entre US$ 300 bilhões e US$ 350 bilhões anuais até 2030”, disse em nota o executivo, que é líder da Força-Tarefa de Sistemas Alimentares e Agricultura Sustentáveis do B20, braço empresarial do G20, grupo que congrega as 20 maiores economias do mundo.
Conforme enfatizou, é essencial priorizar corretamente e colocar o pequeno produtor no centro da estratégia.
“Hoje, menos de 4% dos investimentos para mitigar as mudanças climáticas vão para a área da agricultura”, pontuou, mencionando o dado do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Ifad), da ONU.
Tomazoni ressaltou que o policy paper Sustainable Food Systems and Agriculture – resultado do trabalho de 139 pessoas de diversas geografias, elos da cadeia produtiva e parceiros – traz três diretrizes essenciais a serem integradas na proposta de pauta do setor privado para a Cúpula de Líderes do G20, agendada para novembro, no Rio de Janeiro: aumentar a produtividade no campo, melhorar o acesso ao crédito por parte de produtores rurais e fortalecer o sistema de comércio multilateral.
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