"Não vejo motivo para criminalizar o MST. Eles têm virtudes", diz ministro do Desenvolvimento Agrário

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou, em entrevista concedida ao jornal Correio Braziliense, que não tem medo de comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, que investiga de onde vêm os recursos milionários que bancam as invasões de terra por todo o Brasil e que tampouco o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) deveria ser criminalizado.

- Não tenho qualquer medo de ir à Câmara para falar do MST, porque eles têm muitas virtudes. O MST está trabalhando com a produção de alimentos saudáveis. Eles ajudam a organizar os mais pobres para voltar a trabalhar no campo e produzir. Estão agregando valor na produção por meio das cooperativas - acredita.

Teixeira ainda disse que "não há contradição entre a ação do MST e o agronegócio" do Brasil e comemorou que o seu ministério, pasta voltada para os interresses desses movimentos sociais, ganhou do Governo Lula (PT) instituições que, antes, eram destinadas para a organização e estruturação do setor agrário, mercado responsável por boa parte do PIB nacional.

- Comemorei porque o ministério nasceu forte, com o Incra, com a Conab, a Anater, a Ceagesp São Paulo e a Ceasa de Minas. Terminamos a MP sem perder a competência sobre nenhum desses órgãos. O compartilhamento da Conab já tinha sido acertado no governo, então não houve perda - enfatizou. 

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