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Estiagem reduz prognóstico de produção de açúcar e etanol em SP

O aumento sem precedentes de casos de incêndio, na região Centro-Sul do Brasil despertou maiores preocupações sobre as condições dos canaviais, já bastante impactados pela prolongada estiagem, a serem colhidos durante o último terço da safra 24/25.

Ainda que os impactos dos incêndios estejam sendo mensurados, a extensão da área afetada já sinaliza o ambiente desafiador para as operações de colheita, sobretudo diante da necessidade das usinas moerem a cana queimada dentro de um intervalo de até 48 horas para evitar perda significativa de qualidade, sem esquecer das áreas cuja cana ainda não atingiu o seu ponto ideal de corte.

Uma revisão do balanço de safra 24/25 da região Centro-Sul do Brasil foi divulgada pela DATAGRO.

De acordo com a consultoria, houve uma redução de 602,0 para 593,0 milhões de toneladas de cana de açúcar (654,43 milhões de toneladas em 23/24). Para a produção de açúcar também houve redução de 40,025 para 39,30 milhões de toneladas (42,43 milhões de toneladas em 23/24).

Produção de etanol total: redução de 0,44 bilhões de litros por conta dos efeitos na safra de cana (na safra 23/24 foram produzidos 33,59 bilhões de litros) e mix de produção para açúcar: mantido em 49,6%, contra 48,9% na safra 23/24. O rendimento industrial também apresentou redução de 140,60 para 140,20 kg de ATR por tonelada de cana (139,22 kg ATR/tc em 23/24).

O acompanhamento do impacto dos incêndios e a condição geral do canavial na safra 24/25 e as perspectivas para 25/26 continuam a ser monitorados, e eventuais refinamentos de estimativa poderão ser realizados à frente.

Como fica o clima no início da semeadura da safra 24/25

De acordo com a revisão da consultoria, mais do que em relação à moagem, há maior preocupação sobre o poder de cristalização das usinas do Centro-Sul, com muitos agentes do mercado já desconfiados da possibilidade de que o mix para a produção de açúcar em 24/25 fique próximo ao de 23/24, a depender dos danos nos canaviais provocados pelos incêndios e da velocidade pela qual as usinas conseguiram colher estas áreas em tempo hábil – além dos impactos sobre a planta, o forte ritmo de moagem tende a limitar a flexibilidade das usinas para maximizar a produção de açúcar.

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Fonte: Agroclima

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