Emater exibiu mais de 100 produtos de erva-mate dos polos ervateiros do RS na Expointer
Durante os nove dias da 47ª Expointer, que chega neste domingo (1) ao seu final, a Casa da Emater montada no Parque de Exposições Assis Brasil eseve também com um espaço próprio para exposição de mais de 100 produtos de erva-mate dos cinco polos ervateiros do Rio Grande do Sul, incluindo os nacionais e os para exportação.
A produção da erva-mate ocorre em 219 municípios gaúchos, o que corresponde a aproximadamente 45% do total de cidades do Estado, segundo informações da Emater/RS-Ascar. A maior concentração da produção está nos municípios situados ao norte, com a região do Alto Taquari, representando 70% do volume. Os demais polos são os do Alto Uruguai, das Missões Celeiro, do Nordeste Gaúcho e da Região dos Vales.
Em números absolutos, os dados da Produção Agrícola Municipal (PAM), pesquisa produzida pelo IBGE, mostravam que o Rio Grande do Sul produziu 210 mil toneladas da planta em 2022. A cidade de Venâncio Aires, localizada no centro do Estado, é reconhecida como a capital nacional do chimarrão. Já Ilópolis, do Vale do Taquari, é a terra da erva-mate.
Símbolo gaúcho tem diferentes formas de preparação
À primeira vista, a bebida quente, que também ajuda a expulsar o frio do corpo, parece de montagem simples, bastando quatro itens: uma cuia, a erva-mate moída, uma bomba para ingerir e um tanto de água quente, mas jamais fervendo para não amargar. Enquanto aponta para chimarrões já prontos e para distintas peças dispostas na mesa,
“Existe o chimarrão invertido e o tradicional, por exemplo, já começando por aí. Tem também as variações que vão se criando de forma regional e as cuias que mudam de formato. Eu, por exemplo, gosto de usar essa que se chama Getulinho. Tem que ter jeitos diferentes de fazer para se adaptar aos diferentes materiais”, contou o coordenador da Unidade de Classificação e Certificação da erva-mate da Emater/RS-Ascar
, Mateus Rocha.
Água quente para o chimarrão pode ser encontrada em totens
Pelos pavilhões e espaços da feira, onde milhares de expositores, participantes e visitantes circularam todos os dias, um simples detalhe como totens disponibilizando água quente de forma gratuita denota a importância para a comunidade do chimarrão, patrimônio cultural imaterial do Estado. Samanta Lemos, visitante de São Leopoldo, segurava balões do filho Márcio Costa enquanto enchia a garrafa e não poupou elogios à iniciativa de recarregar o estoque.
“O chimarrão é um símbolo gaúcho. Tomo todos os dias e não tem horário”, introduziu Samanta, no que foi complementada pelo filho. “É de manhã, de tarde e de noite”, pontuou Márcio. Dentro da família, a tradição foi sendo transferida de geração em geração. “Quando pequena, eu era obrigada a tomar chimarrão porque minha mãe não queria tomar sozinha, mas o Márcio já gosta desde sempre”, confessou.
Um dos diferenciais do chimarrão é especialmente esta capacidade de servir para compartilhamento em grupo, representando hospitalidade e amizade. No pavilhão bovino da feira, um grupo formado por representantes de Caçapava do Sul, São Borja e Bagé conversava sobre o trabalho enquanto tomava a bebida.
“A gente parou para dar uma descansada. Estamos conversando sobre o julgamento de uma prova que ocorreu agora há pouco”, contou Matheus Osório, de Caçapava do Sul.
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