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Cadeias produtivas da suinocultura e avicultura geram crescimento econômico no Acre

As cadeias produtivas da suinocultura e avicultura têm mudado a vida de milhares de pessoas no Acre. Movimentando cerca de R$ 50 milhões anualmente e gerando 490 empregos diretos e 2.500 indiretos, as duas cadeias promovem desenvolvimento socioeconômico, principalmente nas cidades de Brasileia e Epitaciolândia, e consolidam o Acre como o maior produtor de carne suína da Região Norte.

A proprietária da granja de frangos de corte, Socorro Moraes, uma das pioneiras na produção de aves no Alto Acre juntamente com o seu esposo, conta que eles foram os fundadores da cooperativa de avicultura Agroaves e sustenta toda a sua família com a renda da produção.

 “Trabalhamos com frangos desde 2008, e de lá para cá a nossa renda é só de frango, e a cada dia mais a nossa tendência é aumentar a criação”, contou.

A granja de aves da Socorro tem a capacidade para produzir 19 mil frangos. Ela faz parte da rede integrada de produtores da agroindústria Acreaves e recebe os pintinhos e a nutrição animal até que cheguem ao peso ideal para o abate, quando são vendidos à empresa e a produtora recebe sua porcentagem no lucro. A granja está em fase de crescimento e pretende aumentar sua capacidade de produção até o próximo ano.

O proprietário da granja de leitões Bela Flor, Fernando Carvalho, está otimista com o crescimento da suinocultura no estado e futuramente pretende expandir o negócio. 

“O nosso foco principal é a produção com sustentabilidade ambiental. Fazemos todo o tratamento dos resíduos para ter o cuidado com a natureza, além da preocupação com o bem-estar animal, pois eles precisam ter um tratamento digno”, ressaltou.

A granja Bela Flor tem capacidade para receber cerca de 4 mil suínos e atua com agricultura familiar. Ela trabalha de forma integrada com as agroindústrias Dom Porquito e Acreaves, onde recebem os animais e a ração para produção dos suínos até que estejam prontos para o abate.

E, para organizar e expandir a suinocultura no Acre, foi criada a cooperativa de produtores de suínos, a Cooperagro. O presidente Jucimar Maffi conta que o objetivo da organização é oferecer um preço mais acessível ao consumidor final.

 “Queremos que pessoas de classes mais baixas consumam a carne suína de boa qualidade e com preços acessíveis. Com isso, ganha o produtor e o consumidor final”, afirmou.

Rede de agroindústrias

As empresas Acreaves, Dom Porquito e a Fábrica de Ração são administradas pelo mesmo grupo e atuam em toda a cadeia produtiva da avicultura e suinocultura no Alto Acre, fornecendo aos produtores os animais com genética melhorada, assistência técnica, vacinas e ração. Boa parte do seu corpo de funcionários é composto por mulheres da região. Além disso, as empresas pagam pela produção dos animais quando prontos para o abate.

Agroindústrias atuam com todo o rigor sanitário imposto pelos órgãos de fiscalização. Foto: Andréia Nobre/Secom

Fazem parte do complexo das cadeias produtivas o Incubatório de Aves (que recebe os ovos e onde nascem os pintinhos), a Unidade de Produção de Leitões, (que atua com genética melhorada), os produtores de grãos (como milho e soja), os silos de armazenamento, a Fábrica de Ração, os produtores de aves e suínos, as cooperativas e, por fim, os abatedouros Acreaves e Dom Porquito, que comercializam a proteína animal.

De acordo com o sócio administrador da Dom Porquito e Acreaves, Paulo Santoyo, a cadeia produtiva da suinocultura e avicultura é um dos maiores projetos de desenvolvimento do Acre.

“Nós temos duas empresas que são líderes de mercado na região e estão em pleno crescimento. São empresas modernas que cumprem todo o rigor sanitário e, no caso da Dom Porquito, uma grande exportadora para países da Ásia e do Caribe”, declarou.

Além disso, o Acre, por estar em uma posição geográfica estratégica na rota do Pacífico, próximo ao Porto de Chancay, o maior da América Latina e que está na fase de conclusão em Lima no Peru, se reafirma como um grande exportador da proteína animal com perspectivas para triplicar a atuação e produção.

Investimentos do Mercosul

De olho no potencial de crescimento da suinocultura e avicultura no Acre, o Programa de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas para Geração de Emprego no Estado do Acre (Procape) vai garantir aproximadamente R$ 74 milhões do Fundo para Convergência Estrutural e Fortalecimento da Estrutura Institucional do Mercosul (Focem) e R$ 13 milhões de recursos próprios do Estado, totalizando aproximadamente R$ 87 milhões para investimentos nas duas cadeias produtivas, atendendo as regionais do Baixo e Alto Acre.

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Fonte: Governo do Acre

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