"Atrasada" La Niña pode vir mais fraca mas ainda vai interferir no agronegócio
Agosto está sendo marcado pela fase chamada ENSO-neutral, o que significa que nem El Niño (aquecimento das águas) nem La Niña estão ativos.
As temperaturas da superfície do mar no Pacífico estão próximas da média, mas os cientistas observam um resfriamento abaixo da superfície que pode sinalizar o início de La Niña nos próximos meses.
Em uma nova atualização, o Centro de Previsão Climática dos EUA (CPC/NCEP) destacou que um novo episódio de La Niña pode começar a se desenvolver entre setembro e novembro de 2024, com uma chance de 74% de continuar durante o inverno do Hemisfério Norte (novembro de 2024 a janeiro de 2025). No Brasil, podemos observar mudanças climáticas a partir do final do ano.
Inicialmente previsto para começar durante o inverno, o fenômeno está atrasado em relação às projeções e deve ter início na primavera. Além disso, o CPC/NCEP prevê que La Niña será de fraca intensidade.
Efeitos do La Niña
Se La Niña se confirmar, as estimativas são de que as regiões Norte e Nordeste do Brasil recebam mais chuvas do que o normal. O Sul do Brasil pode enfrentar uma redução nas chuvas. “É importante destacar que uma característica comum de La Niña, que é o atraso nas chuvas da primavera, pode não se manifestar desta vez devido à fraca intensidade do fenômeno. A atmosfera pode demorar a ajustar-se às mudanças, e, se La Niña começar conforme previsto, seus efeitos só devem ser sentidos no final da primavera ou início do verão, uma época já chuvosa em várias regiões do Brasil. Portanto, os impactos podem ser menos significativos do que o esperado”, analisa o meteorologista Guilherme Borges da Climatempo.
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Fonte: Agroclima