desktop_noticias_topo

Agência faz balanço da situação da Bacia do Rio Paraguai e precipitação no MS, com impactos no agronegócio

Nos últimos dias, a bacia do Rio Paraguai tem experimentado variações significativas nos níveis de água. Essas mudanças estão diretamente relacionadas às condições de precipitação no Mato Grosso do Sul.

Mudanças nos níveis de água

Nos últimos 14 dias:

  • Aumentos Significativos: Pousada Taiamã (+17 cm), Palmeiras (+26 cm), Porto Esperança (+5 cm).
  • Quedas Relevantes: Porto Conceição (-27 cm), Ladário (-21 cm), Porto Esperança (-18 cm).

Comparação com a mediana histórica:

  • Abaixo da Média: Barra do Bugres, Cáceres.

Atualmente, Porto São Francisco e Coxim possuem os níveis de água mais altos (407 cm e 375 cm, respectivamente), enquanto Porto Esperança e Forte Coimbra enfrentam níveis baixos (-5 cm e -56 cm, respectivamente). Essas discrepâncias refletem uma situação de extrema variação hídrica.

Situação da precipitação no Mato Grosso do Sul

A falta de chuva tem um impacto direto e significativo nos níveis de água da bacia do Rio Paraguai. A análise das precipitações revela um quadro preocupante, com a maioria dos municípios registrando chuvas abaixo da média histórica para o período.

Municípios com Excesso de Chuva:

  • Maracaju: +67% (75,4 mm)
  • Ivinhema: +57%
  • Itaquiraí: +54%
  • Rio Brilhante: +67%

Municípios com maior déficit de chuva:

  • Déficit de 100%: Nhumirim - Nhecolândia, Sonora, Costa Rica, Cassilândia, Chapadão do Sul, Pedro Gomes, Rio Verde de Mato Grosso, Coxim, Corguinho, Paranaíba, Bodoquena, Bandeirantes, São Gabriel do Oeste, Corumbá, Água Clara, Ribas do Rio Pardo.

O déficit de precipitação, observado em muitos desses municípios, resulta em níveis reduzidos de água nos rios e afluentes da bacia do Rio Paraguai. A falta de chuvas compromete a recarga dos rios e contribui para a redução dos níveis de água observados em locais como Porto Esperança e Forte Coimbra.

Impacto no agronegócio

A escassez de chuvas tem implicações diretas no agronegócio, afetando a produtividade agrícola e pecuária. Regiões como Dourados enfrentam um déficit de 21% nas chuvas, o que eleva os custos de produção e reduz a oferta de produtos. A falta de água impacta não apenas a produção, mas também a segurança alimentar e a economia local.

Fatores por trás da falta de chuva em alguns locais

A atuação de diversos bloqueios atmosféricos na faixa central do Brasil potencializou o tempo seco, especialmente na faixa centro-norte do Mato Grosso do Sul. Essas massas de ar quente associadas aos bloqueios afetaram a distribuição das chuvas no estado e também prejudicaram o abastecimento do Rio Paraguai. A tendência não é animadora, pois, para os próximos meses, a previsão é de continuidade da queda das chuvas, com o tempo seco predominando.

A análise dos níveis de água e das chuvas no Mato Grosso do Sul revela uma interconexão clara entre a falta de precipitação e os déficits de água na bacia do Rio Paraguai. Com a maioria das regiões enfrentando déficits de precipitação, é vital implementar estratégias eficazes para garantir a gestão hídrica e a adaptação às mudanças climáticas, assegurando a sustentabilidade do setor agrícola e a segurança hídrica das comunidades.

Confira as tabelas completas na publicação do site do Climatempo: https://www.climatempo.com.br/noticia/2024/07/26/situacao-da-bacia-do-rio-paraguai-e-precipitacao-no...

Siga o Jornal do Agro Online no Telegram e receba diariamente as principais notícias do Agro:

https://t.me/jornaldoagroonline

Curta nossa página no Facebook:

https://www.facebook.com/jornaldoagroonline/

Instagram: https://www.instagram.com/jornaldoagroonline/

Mostrar comentários