A juíza da Vara Agrária de Minas Gerais, Janete Gomes Moreira, reconheceu, na sexta-feira (1º), a posse de uma área que o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) invadiu, 25 anos atrás.
A área pertencia à antiga usina Adrianópolis, no município Campo do Meio, no sul do estado, hoje, chamada de quilombo Campo Grande.
A usina decretou falência em 1983 e a área ficou sem atividade específica por algum tempo. Esse intervalo foi utilizado como justificativa para os invasores ingressarem na propriedade e não saírem mais.
O MST alega que as 459 famílias que ocupam o lugar são todas de ex-funcionários que não tiveram os direitos trabalhistas respeitados na rescisão e que a propriedade não cumpria sua função social.
Os donos do imóvel acionaram, então, a Justiça e ganharam 11 reintegrações de posse ao longo de anos de batalha. A última ocorreu em agosto de 2020. Mas, agora, a magistrada Janete resolveu reconhecer a posse da terra para os invasores e a decisão dela pode acarretar veredito semelhante em outros estados.
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