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Inmet faz análise sobre influência do clima na agricultura para o mês de julho

Nesta semana, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou o Boletim Agroclimatológico Mensal.

O documento apresenta a análise das condições climáticas e suas tendências e o Prognóstico Agroclimático para o período de julho a setembro de 2024.

O boletim tem como objetivo levar aos usuários informação meteorológica direcionada às atividades do campo.

Confira como será o tempo neste mês de julho e seus impactos no agronegócio, em todas as regiões do país:

Região Norte

A previsão climática produzida com o método objetivo (multimodelo – cooperação entre INPE, INMET e FUNCEME) indica predomínio de chuvas próximas ou abaixo da média climatológica em grande parte da região (Figura 4a). Apenas no extremo norte de Roraima, Amapá e noroeste do Amazonas, a previsão indica condições favoráveis para chuvas acima da média.

A temperatura média do ar deverá prevalecer acima da climatologia em toda a região (Figura 4b), entretanto, há possibilidade de temperaturas mais elevadas no sul da Amazônia, devido a redução das chuvas, que aliada a baixa umidade relativa do ar, favorecem a incidência de queimadas e incêndios florestais. Por outro lado, isto 8 não descarta a ocorrência de eventuais episódios de friagens nesta região, devido à incursão de massas continentais de ar frio.

A previsão indica uma ampliação da área com baixos níveis de umidade no solo nos próximos três meses em grande parte da região (Figuras 5a, 5b e 5c). Cenário oposto é previsto para o norte da região, com elevados níveis de armazenamento de água no solo, porém esta área tende a reduzir à medida que avança para o mês de setembro, permanecendo somente sobre o noroeste da Região Norte.

Região Nordeste

A previsão indica chuvas próximas à média climatológica no interior da Região Nordeste (Figura 4a), sendo que esta área já se encontra em seu período seco. No restante da região, a previsão indica condições de chuvas ligeiramente abaixo da média. Ressalta-se que, a ocorrência de eventos de chuva intensa não está descartada para o litoral da Região Nordeste em função do persistente aquecimento anômalo das águas do oceano Atlântico Tropical.

Quanto a temperatura do ar, deve ser acima da média histórica em todo o seu território (Figura 4b), mas principalmente no interior da região, por conta da redução das chuvas nos próximos meses. A previsão para os próximos três meses indica níveis de água no solo elevados somente para o noroeste do Maranhão e a costa leste do Nordeste. Nas demais áreas, a previsão indica baixos níveis de umidade no solo, principalmente no interior da região, devido a redução das chuvas. Isto pode favorecer a maturação do algodão e do milho segunda safra.

Região Centro-Oeste

O período seco já teve seu início na região desde o mês de maio e nas últimas semanas tem-se observado chuvas abaixo da média em grande parte da região. Desta forma, a previsão do multimodelo é de tendência de chuvas abaixo da média em toda área (Figura 4a), com tendência de diminuição da umidade relativa do ar nos próximos 9 meses, com valores diários que podem ficar abaixo de 30% e picos mínimos abaixo de 20% As previsões indicam que as temperaturas devem ser acima da média climatológica nos próximos meses (Figura 4b), com possibilidade de ocorrência de alguns dias de excesso de calor em algumas áreas, devido a permanência de massas de ar seco e quente sobre a região, favorecendo a ocorrência de queimadas e incêndios florestais. Entretanto, durante o inverno é comum a região apresentar manhãs e noites com temperaturas mais amenas.

Com a redução das chuvas e a elevação das temperaturas nos próximos meses, prevê-se uma redução dos níveis de água no solo em praticamente toda a região nos próximos três meses, podendo prejudicar as lavouras de milho segunda safra que foram semeadas tardiamente. Já no sul do Mato Grosso do Sul, os níveis de umidade podem permanecer com volumes satisfatórios. No geral, estas condições serão favoráveis à maturação e colheita do algodão e do milho segunda safra.

Região Sudeste

Assim como na Região Centro-Oeste, o mês de junho costuma ser mais seco e nas últimas semanas tem-se observado uma redução das chuvas em algumas localidades da Região Sudeste, principalmente nos Estados de São Paulo e Espírito Santo. A previsão para o trimestre indica predomínio de chuvas abaixo da média (Figura 4a), porém não se descarta a ocorrência de chuvas ligeiramente acima da média em áreas pontuais do litoral, devido a passagem de frentes frias.

As temperaturas tendem a permanecer acima da média histórica nos próximos meses em grande parte da região (Figura 4b), principalmente em áreas do oeste de Minas Gerais e São Paulo, porém não se descarta a possibilidade de queda na temperatura média do ar devido à entrada de massas de ar frio em alguns dias, podendo ocorrer formação de geadas em pontos isolados de regiões de maior altitude.

A previsão indica tendência de redução do armazenamento hídrico do solo em grande parte da região nos próximos meses, porém em áreas do interior de São Paulo e Minas Gerais, as altas temperaturas e a falta de chuvas podem prejudicar as lavouras de milho segunda safra em estágio reprodutivo e trigo em desenvolvimento. Já no leste dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, os níveis de água no solo permanecerão satisfatórios.

Região Sul

A previsão indica condições favoráveis para chuvas acima da média na parte central e leste do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sudeste do Paraná. Nas demais áreas, a previsão indica condições de chuvas próximas e abaixo da média, principalmente no norte do Paraná (Figura 4a).

A temperatura do ar deverá prevalecer acima da média histórica em grande parte da região, principalmente no extremo norte do Paraná, onde devem ser registrados os maiores valores de temperatura (Figura 4b). Para o centro-sul do Rio Grande do Sul, são previstas temperaturas próximas da média. Ressalta-se que, a incursão de massas de ar de origem polar, poderão provocar declínio nas temperaturas em alguns dias, possibilitando a ocorrência de geadas em algumas localidades, especialmente aquelas regiões de maior altitude.

A previsão do balanço hídrico para os próximos meses indica níveis de umidade no solo elevados em grande parte da Região Sul, devido às chuvas ocorridas nos últimos meses. Porém, especialmente no Rio Grande do Sul, o excesso de chuvas pode prejudicar a semeadura e desenvolvimento do trigo. Já no noroeste do Paraná, a previsão para o trimestre indica níveis de baixa umidade, que poderá afetar o desenvolvimento do trigo e parte do milho segunda safra em fase de enchimento de grãos.

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Fonte: Inmet

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