O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), juntamente com o deputado Alceu Moreira (MDB-RS) e a senadora Tereza Cristina (PP-MS) participam nesta semana de uma missão oficial aos Estados Unidos (EUA) para abordar questões relacionadas ao setor produtivo.
“Discutimos temas de interesse comum, barreiras ao comércio, possibilidades de sinergias e conhecemos o modelo de seguro agrícola dos EUA,” destacou o presidente da FPA, Pedro Lupion.
Em Washington, D.C., a delegação brasileira iniciou a visita com encontros com a Associação Americana de Produtores de Soja (ASA), a National Corn Growers Association (NCGA) e o Crop Insurance and Reinsurance Bureau (CIRB).
Lupion ressaltou que os parlamentares tiveram a oportunidade de conhecer os benefícios do uso de tecnologias de edição genômica, como o milho de baixa estatura, e o pipeline de futuros lançamentos de biotecnologias, como o milho de terceira geração.
“Isso nos dá uma visão do que poderemos aplicar em nosso agro no futuro,” acrescentou.
O deputado Alceu Moreira enfatizou a importância das discussões sobre o seguro agrícola americano para a implantação no Brasil.
"Aprofundamos a conversa com a equipe técnica do Comitê de Agricultura. Entre outros pontos, discutimos como foi o aporte inicial do fundo, possíveis aportes adicionais e a revisão anual,” disse Moreira, destacando a necessidade de “um estudo profundo sobre o modelo americano, que é administrado de forma privada, mas com participação pública, algo que poderia ser replicado no Brasil.”
Já a senadora Tereza Cristina ressaltou os desafios enfrentados pelo setor agropecuário brasileiro, especialmente as questões ambientais e as exigências dos mercados internacionais.
“Explicamos que os produtores brasileiros têm a responsabilidade de preservar suas áreas sem qualquer tipo de apoio financeiro do Estado ou dos mercados que impõem essas exigências”, afirmou a senadora.
Durante uma reunião no Departamento de Agricultura Americano (USDA), os parlamentares da FPA discutiram também a economia, o mercado e o papel crucial do Brasil como fornecedor de alimentos. Nesse sentido, Lupion destacou a necessidade de investimentos do agro no Brasil em armazenagem.
“É um absurdo que o Brasil, como um dos grandes players mundiais na venda e comércio de milho e soja, não tenha infraestrutura adequada para estocar nossas safras, obrigando-nos a desovar rapidamente nossos produtos,” ressaltou.
A missão oficial em solo americano continua até esta sexta-feira (28) com a intenção de estreitar laços e trazer inovações que possam fortalecer ainda mais o agro brasileiro.
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