De acordo com o estudo feito pela Emater/RS, o período das chuvas e cheias extremas ocorridas no Rio Grande do Sul coincidiu com o momento da fase final de frutificação de importantes variedades de citros, em especial de bergamota Caí, Ponkan e Pareci, cuja janela de colheita estava em curso, consequentemente intensificando as perdas.
Em muitos pomares, o solo estava alagado n
ão somente em razão da inundação, provocada pelo extravasamento de rios e/ou escorrimento das chuvas, mas também por causa dos vários dias de precipitações de alto volume. Esse contexto climático adverso interferiu na disponibilidade de ar (oxigênio do solo), ocasionando hipóxia no sistema radicular das plantas e, por sua vez, formando camadas de abscisão (morte de tecidos), o que induziu a produção de etileno e desencadeou danos fisiológicos às plantas, como a queda de frutos.
Além disso, a redução abrupta da temperatura contribuiu na intensidade dessas perdas de produção.
As culturas frutícolas de citros, na Região dos Vales, de banana, nas encostas da Serra do Mar, e de maçã, nos Campos de Cima da Serra, foram as culturas mais prejudicadas, abrangendo 8.381 propriedades.
As chuvas e cheias extremas deixaram um rastro de destruição nos pomares do Estado, atingindo mais de 8 mil produtores com perdas substanciais.
Além das perdas na produção, ocorreram danos significativos nas frutíferas permanentes, especialmente nos parreirais em entressafra, devido a deslizamentos de terra e destruição de infraestrutura.
A principal região afetada inclui os municípios de Veranópolis, Cotiporã, Bento Gonçalves, Nova Roma do Sul, Caxias do Sul e Pinto Bandeira, onde foram destruídos aproximadamente 500 hectares de parreirais. Também foram registrados danos em Vale Real, Roca Sales, Teutônia, Campestre da Serra, Flores da Cunha, Fagundes Varela, Nova Pádua, Estrela e Barão de Cotegipe, entre outros.
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Fonte: Agroclima