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Líder da pecuária no Pará rechaça regulação de bancos sobre o setor e chama Febraban de "oportunista" (Assista)

O presidente da Aliança Paraense pela Carne, Francisco Victer, em entrevista ao Canal Rural, comentou sobre a decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ingressar na Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e, assim, poder autorregular a agropecuária do país; sendo as metas sustentáveis estipuladas pela instituição requisitos para a concessão de financiamentos e créditos a frigoríficos que abatem gado de corte. 

- Não é de se estranhar que uma organização de bancos promova algum tipo de autorregulação. Mas, na nossa compreensão, a forma como aquilo é apresentado, a maneira como é posta, soa como um certo oportunismo - disparou o empresário.

Victer criticou o fato de a Febraban ter comunicado à imprensa que fará autorregulação do setor porque, segundo o pecuarista, isso já ocorre há anos com o trabalho de vários órgãos, inclusive, do Ministério Público Federal (MPF).

- (...) A Febraban, agora, com certo atraso e de forma (…) imprópria, lança isso na imprensa como se fosse protagonista de um processo que já está em desenvolvimento, que a indústria, que os produtores e o próprio governo, o Ministério Público Federal, vêm desenvolvendo há muitos anos, sem a contribuição do sistema financeiro, diga-se de passagem - destacou.

Victer disse que a cadeia de carne no Pará esperava que a Febraban premiasse os pecuaristas que estão "acertando" com linhas de crédito mais robustas, ao invés de punir o setor que, desde 2009, exclui parceiros que estejam ligados a problemas ambientais, trabalho análogo à escravidão ou envolvimento em conflitos agrários.

- Os frigoríficos, por si só, não promovem desmatamento. A questão do desmatamento é muito mais ampla (…) Ela não é uma problemática simples, não se resolve com uma única medida, não se resolve com medida de força. Requer muita construção de estruturas que venham a ser capazes de enfrentar um problema que não é exclusivo do Brasil, não é exclusivo da Amazônia - salientou, acrescentando que pode haver desabastecimento de proteína no Brasil e posterior inflação dos alimentos.

A Febraban possui protocolos próprios para o gerenciamento de riscos ambientais desencadeados em virtude do desmatamento ilegal e responsabiliza a cadeia de carne.

A norma passa a valer em 2025, mas o produtor já está preocupado com as medidas drásticas que poderão ser tomadas contra o setor e lembram que o BNDES, no Governo Bolsonaro, vinha destinando até mais recursos para o agronegócio do que para o setor industrial.

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