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Frigoríficos assinam compromisso para monitorar origem do gado no Cerrado

As processadoras de carnes JBS, Marfrig, Minerva, Frigol e Masterboi assinaram um protocolo de monitoramento voluntário da origem do gado na região do bioma Cerrado, segundo comunicado divulgado pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora).

O Protocolo do Cerrado define critérios e parâmetros de compra responsável que as empresas podem seguir para garantir que suas cadeias de fornecimento não estejam vinculadas a problemas socioambientais.

O Grupo Pão de Açúcar, o Carrefour Brasil e a Arcos Dourados também são signatários do Protocolo do Cerrado, desenvolvido pelas organizações Imaflora, Proforest e National Wildlife Federation (NWF).

O protocolo também contou com contribuições da WWF Brasil, da indústria alimentícia e do Ministério Público Federal (MPF), entre outros.

"O Protocolo do Cerrado é uma importante ferramenta para o setor se preparar para as crescentes demandas do mercado para a carne brasileira. É resultado de uma ampla convergência entre varejistas, frigoríficos e sociedade civil para equilibrar os anseios de proteção dos recursos naturais e dos direitos humanos em relação às realidades da produção no campo”, disse a diretora executiva da Proforest, Isabella Freire, em comunicado.

O Cerrado concentra cerca de 36% de todo o rebanho brasileiro e mais de 63% da produção de grãos, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgados pelas organizações que desenvolveram o protocolo.

O Protocolo do Cerrado apresenta ao produtor parâmetros como conformidade com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), eventuais sobreposições com áreas de desmatamento e supressão de espécies nativas ou protegidas (como terras indígenas, quilombolas e Unidades de Conservação).

O protocolo também prevê o cruzamento com listas públicas de trabalho escravo e de embargos ambientais, além de análises da Guia de Trânsito Animal (GTA) e da produtividade do criador, como forma de inibir a triangulação de animais provenientes de áreas com irregularidades ambientais ou sociais.

“Utilizamos os cinco anos de experiência para levar a outro bioma soluções que respaldam a produção frente aos mercados mais exigentes, ajudam a consolidar a prática da pecuária sustentável e contribuem para o enfrentamento da crise climática”, disse o engenheiro-agrônomo Lisandro Inakake, gerente de projetos em Cadeias Agropecuárias do Imaflora.

Os idealizadores do protocolo esperam agora que um maior número de frigoríficos faça sua adesão ao protocolo.

O diretor de Sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Fernando Sampaio, disse que metade dos associados da entidade opera no bioma Cerrado e que muitos deles já adotam políticas de compra de gado.

“O Protocolo do Cerrado desempenha um papel crucial ao unificar os critérios avaliados e destacar as boas práticas, fornecendo um caminho para as empresas que querem avançar neste sentido”, disse Sampaio em nota divulgada pelo Imaflora.

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Fonte: Carnetec

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